Vários senadores estão insatisfeitos com as sessões virtuais durante a crise do novo coronavírus e já ensaiam um retorno das atividades presenciais em Brasília.
Alguns defendem que retorne as atividades e que se obedeça as regras de higiene e distanciamento, de acordo com a orientação da Vigilância Sanitária e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Contudo, os senadores que são do grupo de risco continuaram votando virtualmente.
O retorno aos corredores do Congresso tem dividido os senadores. Até o momento, o único consenso foi a decisão de ter o aval da maioria e não criar constrangimentos a quem discorda da medida.
Ser considerado ‘Trabalho Essencial’
Alessandro Vieira (Cidadania-SE) é a favor do retorno das atividades presenciais para que o debates sejam mais aprofundados e que deveria ser considerado “trabalho essencial”, desde reguardada a saúde dos envolvidos.
“O papel do Congresso não se limita a fazer votações. O parlamentar fiscaliza o Executivo e verbaliza o sentimento da sociedade. E não tem como fazer isso pelo meio remoto“, disse
“Teríamos condições de fazer um retorno misto. Aqueles que estão no grupo de risco e os que não se sentem confortáveis para retornar permanecem pelo sistema remoto, sem problema nenhum. Mas, os demais voltam para que possamos ter construção de pauta mais plural, debate mais rico no plenário“, acrescentou.
Grupo de risco
Apesar do retorno ser desejado por alguns, a maioria dos senadores estão inseridos no grupo de risco, estando com ou acima de 60 anos. A volta não deve acontecer antes de julho.
Para o senador Jayme Campos (DEM-MT), que tem 68 anos, os mais velhos não deve correr riscos desnecessários e que o Senado circula grande número de pessoas diariamente.
“Acima de tudo está a vida, a saúde das pessoas. Assim que penso. É um ambiente em que circulam milhares de pessoas por dia. É perigoso. Tem que ter muita precaução“, disse campos.
Já o presidente do Senado, Davi alcolumbre (DEM-AP), pede calma dos seus pares quando ao retorno presencial. Logo quando começou a pandemia, ele acreditava que poderia retornar em junho, porém com o avanço da doença, acredita que adentrará julho.