O diretor de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, relatou hoje, dia 17 de março, que os riscos atrelados à vacina contra o novo coronavírus são muito menores do que aqueles oriundos da própria doença.
Em sessão de perguntas e respostas em suas redes sociais, o diretor ressaltou que a organização estuda os relatos de supostos casos de coágulos sanguíneos em pessoas que receberam o imunizante desenvolvido pela AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford.
Porém, o profissional explicou que a OMS segue recomendando a utilização do profilático. De acordo com Ryan, a situação global da pandemia é estável, contudo existem sinais preocupantes, principalmente o aumento no número de casos nas últimas semanais.
“O coronavírus está ficando um pouco mais transmissível e um pouco mais difícil de controlar”, relatou, referindo-se à disseminação de variantes mais contagiosas. A epidemiologista responsável pela resposta da Organização Mundial da Saúde (OMS) à pandemia, Maria Kerkhove, endossou que o argumento de que os benefícios da vacina superam os riscos. Para ela, na última semana, houve aumento de 10% no volume de infecções.
Entenda sobre a polêmica da AstraZeneca
As primeiras suspeitas que levaram à suspensão da vacina AstraZeneca basearam-se em uma possível relação entre o imunizante e a formação de coágulos ou trombose. Estes, por sua vez, podem causar flebite e até embolias pulmonares. Contudo, atualmente, não existe prova de causa e efeito entre a vacina e essas condições.
Mesmo assim, nos últimos dias, alguns países da Europa decidiram suspender a aplicação da vacina da farmacêutica AstraZeneca. Em outras palavras, a decisão é uma medida preventiva. Isso após o registro de casos de trombose venosa e embolia pulmonar entre pessoas que receberam a vacina AstraZeneca/Oxford.
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