A AstraZeneca, por meio de um comunicado, afirmou que está trabalhando para aumentar a eficiência da sua vacina contra a variante sul-africana. A empresa biofarmacêutica teve sua vacina suspensa no pais após estudos evidenciarem proteção mínima contra variante. A empresa, contudo, afirma proteção nos casos graves, ainda assim, o ministro Mkhize decidiu utilizar os imunizantes fabricados pelas Janssen e Pfizer, que terão início nos próximos dias. O problema vai muito além disso, pois até mesmo a vacina da Janssen mostra baixas taxas de eficácia diante da variante.
Até o momento, a cepa tem mostrado resistência a diversos imunizantes disponíveis no mercado, como a vacina produzida pela farmacêutica Janssen, do grupo Johnson & Johnson e a Novavax. A Pfizer, BioNTech e o laboratório chinês Sinovac, ainda não publicaram nenhum resultado da eficácia contra a nova cepa. Em nota, várias empresas como AstraZeneca e Moderna afirmaram que estão trabalhando para possíveis modificações, com intuito de aumentar a eficiência diante da nova variante.
A variante B.1.351 preocupa os especialistas, pois ela foi descoberta na África do Sul e já atingiu mais de 30 países. Além disso, possui uma mutação chamada E484K, a qual ajuda o vírus a driblar o sistema imunológico. Nesse contexto, a mutação confere caminhos para o vírus escapar dos anticorpos. Vale ressaltar que a mesma mutação esta presente na variante P.1, descoberta pela primeira vez no estado do Amazonas e, posteriormente, nos estados de São Paulo e diversos países.
Vacina da AstraZeneca é suspensa na África do Sul, entenda
A cepa sul-africana tem mostrado uma resistência maior entre diversas vacinas, dentre elas a vacina da AstraZeneca, da Universidade de Oxford. No último domingo (07), a Universidade responsável pela fabricação da vacina divulgou dados do ensaio clínico que apontam uma proteção mínima nos casos de infecção leve e moderada da variante presente na África do Sul. Ademais, as taxas de efetividade dos casos graves de Covid-19 não foram divulgadas até o momento.
Houve um estudo com aproximadamente 2.000 pacientes, dos quais, em média, a metade receberam placebo (substância neutra e sem efeito) enquanto a outra metade recebeu a dose da vacina. O estudo foi realizado em pacientes jovens, na faixa dos 31 anos de idade, não houve mortes nem hospitalizações nesse ensaio.
O Governo sul-africano recebeu, no começo do mês de fevereiro, 1 milhão de doses produzidas na Índia. As doses da vacina seriam usadas primeiramente em profissionais de saúde, mas, no momento, está suspensa.
Diante do exposto, o ministro da Saúde Zweli Mkhize decidiu cancelar o uso da vacina no país. O referido ministro afirmou, ainda, que as autoridades em saúde analisarão mais detalhes sobre os dados publicados e, somente então, fará escolhas mais concretas a respeito das informações.