O futuro candidato democrata nas eleições presidenciais dos Estados Unidos este ano, Joe Biden, decidiu opinar mais uma vez sobre os massivos protestos que acontecem no país. As manifestações acontecem depois da morte de George Floyd. O homem negro foi sufocado por cerca de 9 minutos e o vídeo do ato causou revolta.
Neste domingo (31), os Estados Unidos entraram em mais um dia de fortes protestos pela morte. A grande maioria dessas manifestações tem acabado com muito caos. Prédios e carros são incendiados, lojas são saqueadas e até mortes estão sendo registradas. Tudo isso levantou um debate sobre a legitimidade do uso da violência em protestos. Para o candidato democrata, a resposta seria “não”.
“Manifestar-se contra tal brutalidade é um direito e uma necessidade”, disse o candidato em um comunicado. “Incendiar cidades e provocar a sua destruição gratuita ou a violência que põe vidas em perigo já não é (um direito)”, opinou ele.
O democrata disse ainda que o país não pode deixar de usar a razão para usar a emoção em casos como esses. “Somos uma nação sofrendo, mas não devemos permitir que essa dor nos destrua”, disse ele. “Somos uma nação enfurecida, mas não podemos permitir que nossa raiva nos consuma”, completou.
Violência, Biden e o voto negro
Vale lembrar que Joe Biden foi escolhido para ser o candidato democrata nas eleições deste ano com o massivo apoio do voto negro. Sobretudo nos estados do Sul, o democrata venceu o pré-candidato Bernie Sanders com larga vantagem por causa do apoio deste eleitorado.
Entre outras coisas, vale ressaltar que Joe Biden foi vice-presidente de Barack Obama durante os oito anos dos seus dois mandatos. Obama é extremamente popular entre o eleitorado negro. Imagina-se que esta popularidade tenha tido reflexos em Biden.
Mas o fato é que o candidato democrata tem se envolvido em algumas polêmicas nas últimas semanas, sobretudo diante do eleitorado negro. Recentemente, por exemplo, ele afirmou que negro que considerar não votar nele diante de Trump, “na verdade não é negro”. Ele já pediu desculpas pela afirmação.
Seja como for, há uma pressão interna e externa para que ele escolha uma mulher negra como a sua parceira de chapa.