O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro registrou alta de 0,64% em comparação a agosto deste ano. Esse é o maior patamar para o mês de setembro desde 2003, quando atingiu 0,78%. Em suma, o acumulado no ano alcança 1,34%. Nos últimos doze meses, o percentual é ainda maior, de 3,14% de alta. Em relação aos doze meses anteriores, o indicador registrou alta de 2,44%. Além disso, o IPCA variou negativamente em setembro de 2019, com uma queda de 0,04%.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou as informações nesta sexta-feira, dia 9.
De acordo com o levantamento, o grupo alimentação e bebidas puxou a alta registrada no mês, subindo 2,28% em comparação a agosto. Além disso, outros seis grupos também apresentaram acréscimo em seus percentuais: artigos de residência (1,00%), transportes (0,70%), habitação (0,37%), vestuário (0,37%), comunicação (0,15%) e despesas pessoais (0,09%).
Por outro lado, saúde e cuidados pessoais teve a maior queda dos grupos pesquisados, com retração de (0,64%). Educação também caiu, mas de forma mais sutil (-0,09%).
Óleo de soja e arroz puxam a alta no preço dos alimentos
No grupo de alimentação e bebidas, as maiores altas registradas foram do óleo de soja (27,54%) e do arroz (17,98%). Em resumo, as altas acumuladas no ano são ainda mais expressivas, de 51,30% e 40,69%, respectivamente. Aliás, em conjunto, os dois itens contribuíram com 0,16 ponto percentual (p.p.) no IPCA de setembro.
Nesse caso, a alta de outros produtos importantes também impactou no resultado do IPCA em setembro: tomate (11,72%), leite longa vida (6,01%) e carnes (4,53%). Em contraste com esse resultado, estão as quedas da cebola (-11,80%), da batata-inglesa (-6,30%), do alho (-4,54%) e das frutas (-1,59%). Ao mesmo tempo, alimentação fora do domicílio havia caído 0,11% em agosto, mas, neste mês, subiu 0,82%. A flexibilização nas medidas de distanciamento social vem contribuindo para isso.
Transportes também contribuem com a alta
Por fim, o setor de transportes registrou a quarta alta seguida em setembro, com variação positiva de 0,70%. Apesar disso, o indicador caiu 0,12 p.p. em relação a agosto. Da mesma maneira, a gasolina subiu 1,95% no mês, nível abaixo dos 3,22% registrados em agosto. Aliás, a maior alta no preço do combustível foi em Fortaleza, de 4,21%. Contudo, teve expressiva queda de 6,04% em Salvador. Também houve aumento nos preços do óleo diesel (2,47%) e do etanol (2,21%). Por outro lado, o gás veicular caiu 3,16%.
Outro destaque no grupo de transportes foi o preço das passagens aéreas, que subiram 6,39% após quatro meses seguidos de queda. O seguro voluntário de veiculo, no entanto, recuou 2,73% no mês e acumula queda de 11,86% no ano.
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