A prévia de dezembro do Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) sinaliza queda de 5,1 pontos no mês. Com isso, a taxa irá recuar para 140,7 pontos. A saber, este decréscimo do indicador acontece após a alta verificada no mês passado devido ao avanço nas infecções e mortes provocadas pela pandemia da Covid-19. A Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta sexta-feira, dia 11.
“Após a alta da incerteza no mês anterior, o IIE-Br volta a recuar este mês sob a influência favorável de notícias sobre o sucesso de testes e o início da vacinação contra a covid-19 em outros países. O completo retorno à normalização da vida cotidiana e das atividades econômicas, no entanto, ainda estão distantes. E a combinação de aumento no número de casos e de dúvidas crescentes quanto à velocidade possível de crescimento após fim dos estímulos fiscais, em 2021, mantêm o indicador na desconfortável casa dos 140 pontos”, afirmou a economista da FGV, Anna Carolina Gouveia.
Veja detalhes dos índices componentes da incerteza
De acordo com a FGV, o componente de mídia apresentou queda de 3,9 pontos na prévia, chegando aos 125,7 pontos. Ao mesmo tempo, o componente de expectativas sofreu retração de 8,0 pontos, para 183,9 pontos.
Entenda como funciona o IIE-Br
Em resumo, o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) é composto por IIE-Br mídia e IIE-Br expectativa. O primeiro é baseado na frequência de notícias que mencionem incerteza nas mídias impressas e online. Aliás, o componente é construído a partir de padrões individuais de cada jornal. Já o IIE-Br expectativa é baseado na média das variações das projeções dos analistas econômicos, reportados na pesquisa Focus do Banco Central (BC). A saber, as previsões correspondem à taxa de câmbio e à taxa Selic 12 meses à frente, bem como ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado no mesmo período.
Por fim, as taxas do IIE-Br provêm dos resultados da ponderação dos dois indicadores.
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