O empresário Jhonnatan Silva Barbosa e a dentista Ana Paula Vidal foram indiciados por tentativa de homicídio e podem pegar até 20 anos de prisão. O indiciamento foi revelado nesta quarta-feira (26) pela Polícia Civil, que concluiu o inquérito referente à dupla, acusada de ter agredido o jovem Gabriel da Silva Nascimento, de 23 anos, após acusá-lo de ter roubado o próprio carro.
De acordo com a Polícia Civil, além do indiciamento, um dos integrantes do casal, que agrediu o jovem em frente à casa dele em Açailândia, no Maranhão, pode parar atrás das grades muito em breve. A pessoa em questão é Jhonnatan Silva, que teve sua prisão preventiva pedida pela corporação, que afirma existirem indícios de que o acusado esteja planejando fugir. Essa é a segunda vez que a corporação pede para que o homem seja preso – a primeira solicitação não foi acatada pela Justiça.
Segundo Saniel Ricardo Trovão, delegado responsável pelo caso, em um primeiro momento, o caso do jovem foi tratado como lesão corporal. Todavia, a tipificação do crime mudou depois que a corporação recebeu o laudo sobre as agressões sofridas por Gabriel. Com isso, o crime foi reclassificado para tentativa de homicídio.
No inquérito, os investigadores apontam que o empresário tentou o que eles chamam de “sufocação indireta”. Isso porque ele permaneceu com os pés sobre o tórax da vítima. A mesma acusação se aplica à Ana Paula, que também teria tentado sufocar Gabriel ao se ajoelhar sobre o tórax e abdômen da vítima.
O crime contra o jovem
Assim como publicou o Brasil123, o crime aconteceu em dezembro do ano passado, quando o casal agrediu Gabriel afirmando que a vítima, que é negra, teria roubado o próprio carro. Na ocasião, os acusados, que viviam no mesmo prédio do jovem, abordaram ele e o mandaram sair no carro.
Na sequência, o casal passou a agredir a vítima com socos, chutes, pisões e tapas. Isso, sem que Gabriel demonstrasse qualquer sinal de reação. Na ocasião, o jovem revelou ter dito aos acusados que era dono do carro e que o documento dele estava dentro do veículo. No entanto, nada disso adiantou. As agressões só foram cessadas quando um vizinho viu a sessão de tortura, reconheceu que a vítima era o jovem e disse que ele era, de fato, o dono do carro.
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