O Ministério da Saúde revelou nesta sexta-feira (05) que está em fase final de negociações para aquisição de 20 milhões de doses da vacina Covaxin, imunizante desenvolvido pelo laboratório indiano Bharat Biotech. De acordo com a pasta, que não informou os valores envolvidos na compra, o contrato será analisado pela área jurídica.
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“Iremos contratar e comprar as 10 milhões de doses se o preço for plausível e efetuaremos o pagamento após a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] dar a autorização para uso emergencial da ‘Sputnik V’, fazendo a disponibilização imediatamente aos brasileiros”, revelou na nota o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco.
Além disso, o secretário ainda revelou que a intenção é que a vacina seja produzida do país. “A depender dos entendimentos que tivermos com a União Química, interessa-nos também adquirir a produção que a empresa vier a fazer no Brasil dessa vacina”, acrescentou Franco.
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Pelo cronograma apresentado ao governo pela Precisa Medicamentos – representante brasileiro do fabricante indiano -, a partir da assinatura do contrato, o primeiro lote da vacina, com 4 milhões de doses, pode chegar em 20 dias ao país. Quantidades iguais serão enviadas 30, 45, 60 e 70 dias após a formalização do acordo, totalizando as 20 milhões de doses.
O que precisa para a vacina ser utilizada no Brasil
Até agora, no Brasil, existem duas vacinas com autorização de uso emergencial: Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac e o imunizante desenvolvido pela farmacêutica AstraZeneca, em parecia com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Para que a Covaxin entre no rol de imunizantes utilizados no Brasil, será preciso obter uma autorização emergencial da Anvisa. O imunizante indiano terá fase 3 de testes realizadas no Brasil a partir do mês que vem, numa parceria com o Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein.