Antônio Parada Vaca, homem que era procurado pela Interpol, foi preso nesta terça-feira (25) em Corumbá, no Mato Grosso do Sul. De acordo com a Polícia Federal (PF), o homem, que estava na cidade que fica na fronteira com a Bolívia, é natural do país vizinho e acusado de, junto com seu irmão, ter sido responsável pelo “maior caso de corrupção” boliviano.
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Ainda conforme a PF, junto com seu irmão, Guillermo Parada Vaca, o homem preso nesta terça teria criado cerca de 800 “cargos fantasma” na prefeitura de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e usufruído dos salários desses trabalhadores que nunca existiram.
Mandado de prisão veio do STF
Segundo a Polícia Federal, o suspeito foi preso depois que Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), expediu um mandado de prisão contra o boliviano. Sem saber do mandado, Antônio, que havia pedido asilo ao Brasil em dezembro do ano passado, foi à sede da PF para receber alguns documentos. Ao entrar no local, o acusado não saiu mais, pois acabou sendo preso.
De acordo com o órgão federal, o mandado de prisão expedido pelo STF aconteceu após trocas de informações entre a Polícia Federal no Mato Grosso do Sul, membros da Interpol em Brasília e agentes do Centro de Cooperação Internacional localizado na PF do Rio de Janeiro.
Além de Antônio, seu irmão também já foi preso. A captura dele aconteceu no Panamá, em dezembro do ano passado, logo depois que a Interpol colocou o nome dele na lista vermelha da entidade. Por fim, a informação é que Antônio deve aguardar preso enquanto o pedido de extradição feito pelo governo da Bolívia é avaliado pela justiça brasileira.
Maior caso de corrupção da Bolívia
Conforme aponta a imprensa internacional, o caso envolvendo o suspeito preso no Brasil e seu irmão é considerado o “maior caso de corrupção da Bolívia”. Na época do crime, Guillermo e Antônio teriam usado seus trabalhos no setor de Recursos Humanos da prefeitura de Santa Cruz de La Sierra para criar os cargos que não existiam. Com isso, eles desviavam os dinheiros dos salários e ficavam com as quantias.
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