A Justiça da Rússia autorizou que o economista e empresário Eduardo Fauzi, acusado de integrar um grupo suspeito de ter jogado coquetéis molotov na fachada da produtora Porta dos Fundos, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, seja extraditado para o Brasil. Eduardo está preso na Rússia desde setembro de 2020 após seu nome ter sido incluído na lista de foragidos da Interpol. O ataque contra a produtora aconteceu em dezembro de 2019, na véspera do Natal.
Ao todo, apontam as investigações, cinco pessoas participaram do crime. Destes, Eduardo foi o único que fugiu com o rosto descoberto após o fato. Atualmente, segundo um documento do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, enviado à embaixada brasileira, o acusado se encontra detido em uma penitenciária federal, em Moscou, capital do país europeu.
Entrada do brasileiro à Justiça do Brasil
Conforme as informações, a entrega de Eduardo Fauzi aos policiais brasileiros acontecerá no Aeroporto Internacional de Moscou, duas horas antes do voo. No entanto, caso os agentes do Brasil escolham em não entrar em território russo, essa entrega poderá ser feita dentro do avião, ou na escada da aeronave uma hora antes do voo.
De acordo com a Justiça do Brasil, o juiz responsável pelo caso ordenou que sejam adotadas as providências necessárias para que Eduardo Fauzi seja encaminhado para o Rio de Janeiro. Isso porque ele ficará detido no presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte da capital carioca.
Suspeito é conhecido da Justiça
Aos 41 anos, Eduardo Fauzi, é formado em economia e um velho conhecido da Justiça. Isso porque ele já soma 12 passagens pela polícia. Dentre esses crimes estão ameaça, lesão corporal e formação de quadrilha.
Ele fugiu para a Rússia cinco dias após o ataque contra a produtora Portas dos Fundos. “Achavam que fui muito estúpido para não cobrir o rosto e não alterar a voz, mas fui conectado o suficiente para ser avisado do mandado de prisão a tempo de viajar para fora do país”, disse Eduardo Fauzi à época do fato.
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