A crise pandêmica causada pela COVID-19, interrompeu atividades nos mais diversos setores do país, no entanto, cinco meses após o surgimento da crise sanitária, algumas áreas começam a restabelecer seu funcionamento. E uma categoria que tem retomado a normalidade, é educação.
Diversos estados começam a sinalizar uma possível volta às aulas presenciais nas escolas, no entanto, a ideia não tem agradado a todos os envolvidos.
Enquanto as escolas particulares, que contam com tecnologia de ponta se dizem equipadas e preparadas para retomar as atividades em segurança.
Os professores e funcionários não se mostram tão confiantes assim para voltar à normalidade e afirmam que a permanência nas salas de aula e o aumento do fluxo de pessoas nas cidades podem contribuir para o crescimento do número de contaminados.
O Brasil atualmente é um dos epicentros do coronavírus, e até este domingo (02) já conta com mais de 2 milhões e 700 mil infectados. Sendo, portanto, o segundo país do mundo mais afetado pela COVID-19, atrás apenas dos Estados Unidos.
Segundo o Mapa de Retorno das Atividades Educacionais presencial no Brasil, atualizado diariamente pela Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), até sexta-feira (31), apenas um estado havia reaberto as escolas com autorização, o Amazonas.
No entanto, outros nove estados e o Distrito Federal já apresentaram propostas de data para à volta as atividades presenciais.
Sendo estes: Acre, Pará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Alagoas, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. No Rio de Janeiro, na capital, a prefeitura autorizou o retorno facultativo para algumas séries este mês. Os demais estados ainda não possuem data definida.
“Na parte operacional já está tudo certo, temos protocolo, a gente já sabe o que fazer. Agora é uma questão política, porque, tecnicamente, já têm as condições sanitárias em muitos locais para voltar. Tem a necessidade das escolas funcionarem para não quebrarem, necessidade dos pais e das crianças. Também, para não prejudicar as crianças do ponto de vista pedagógico. Tem todas essas questões. Agora, a decisão é política”, declarou o presidente da Fenep, Ademar Batista Pereira.
Em contrapartida, professores e trabalhadores da educação, afirmam que não estão sendo consultados para a definição dos protocolos de segurança e apresentam receio quanto ao retorno às aulas.
“Neste momento, não existe protocolo seguro, não existe. Os órgãos de saúde estão dizendo que é perigoso, que não tem condição, nem com afastamento. Ainda mais criança. Não tem condição de garantir um protocolo completamente seguro”, disse a coordenadora geral da Contee, Madalena Peixoto.
A questão foi levada para o Ministério Público e para a Justiça em algumas unidades da federação.