Imagens gravadas na sexta-feira (22) mostram o momento em que um agente da Polícia Militar (PM), durante uma abordagem em Curitiba, no Paraná, agride uma mulher. No vídeo, é possível ver o policial derrubando a vítima, a imobilizando no chão e ainda acertando a boina do uniforme na cabeça dela.
De acordo com as informações, a mulher que aparece no vídeo é Stephany Rodrigues, dona de uma hamburgueria que havia acabado de ser fechada pelos agentes porque, segundo ela, o local estava com uma ocupação acima da capacidade permitida pelo decreto municipal. Por conta do descumprimento da regra, o local, que nem álcool em gel estava oferecendo, foi multado em R$ 30 mil.
Em entrevista à RPC, emissora filiada à “TV Globo”, Ronaldo Goulart, militar responsável pela operação, disse que o agente que tomou a atitude agiu de maneira “instintiva”, pois estava “sendo ofendido, agredido fisicamente e quase foi mordido”. Ainda segundo ele, a medida adotada foi a forma “menos lesiva”.
Ronaldo ainda afirmou que o fato ocorreu quando Stephany foi aos policiais, que haviam acabado de retirar à força um rapaz que teria supostamente desacatado os agentes enquanto fumava narguilé. Um vídeo gravado pela própria mulher mostra o momento em que os militares arrastam o homem para fora do terreno, derrubando até um portão.
Neste momento, ela foi ao encontro dos policiais para filmar a ação e dizer que os agentes “tinham passado dos limites”, exigindo, inclusive, que os funcionários públicos fizessem uso de máscara, item obrigatório de acordo com o decreto municipal.
As imagens também mostram o momento em que um dos policiais derruba o celular da jovem e ela começa uma discussão, xingando os agentes. De repente, um deles a joga no chão. Segundo Ronaldo Goulard, a mulher deu um tapa no rosto de um PM e, por conta disso, “foi preciso uso de força”. Ainda conforme ele, os ferimentos da moça foram causados por ela, que ficou se debatendo no chão.
Por fim, as informações são de que Stephany foi levada para o Fórum da Cidade Industrial de Curitiba e, por lá, assinou um termo circunstanciado por desacato e foi liberada na sequência. Segundo ela, essa foi a primeira vez que seu estabelecimento foi multado e que o local estava funcionando corretamente. Veja também:
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