De acordo com reportagens, seu Alvino, que possui 91 anos, foi até o drive-thru para vacinação contra o coronavírus em Cascavel – Paraná, quando se deparou com a situação da vacina descartada. Ao chegar lá nesta quarta-feira (10) a dose estava congelada e a enfermeira descartou a vacina no lixo.
Vacinas congeladas e descartadas
Uma equipe de reportagem da RIC Record-TV filmou a cena, já que estava no local para acompanhar o começo da vacinação para idosos com 90 anos na cidade. A enfermeira diz: “Eu vou ver, porque acho que essa [vacina] aqui está congelada. Essa aqui congelou”, disse ela, enquanto descartava o imunizante no lixo.
De acordo com as imagens, a enfermeira ainda chegou a verificar outras seringas que estavam dentro de uma caixa, contudo, logo percebeu que todas elas foram perdidas. De acordo com o jornal, doses congeladas não podem ser reaproveitadas, logo, a orientação é descartá-las.
Armazenamento da CoronaVac e suposição do ocorrido
As seringas foram preparadas em um ônibus da Secretaria de Saúde do município e, posteriormente, armazenadas em uma geladeira que opera a 2,4 ºC, segundo o jornal. A CoronaVac, vacina produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, em parceria com a farmacêutica chinesa SinoVac, pode ser armazenada entre 2 e 8 ºC perfeitamente. Portanto, a principal suspeita do ocorrido é de que, quando aberta, pela variação da temperatura, a vacina pode ter sido congelada.
A situação deixa o questionamento sobre armazenamento e uso das vacinas
“Se o profissional percebe algum problema, descartamos as doses e pegamos outras”, declarou ao jornal a coordenadora do programa de vacinação Ana Carolina Alves.
Segundo a Regional de Saúde de Cascavel, a vacinação sempre é feita com doses extras no estoque para prevenir falhas desse tipo. Já o Ministério da Saúde recomenda ao menos 5% de doses de sobra. Ainda assim, a situação deixa o questionamento de como estão sendo armazenadas as doses das vacinas e em qual proporção as vacinas estão sendo descartadas.