Em nota divulgada nesta quinta-feira (30), o Ministério da Economia afirmou que a vacinação em massa contra a Covid-19 no Brasil tem contribuído para a retomada do emprego no país.
Segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desemprego caiu para 13,7% no trimestre que terminou em julho, o que representa uma redução de 1% em relação ao trimestre anterior fechado em abril (14,7%).
Apesar da queda de 1%, o Brasil ainda soma 14,1 milhões de desempregados. Tal número corresponde a uma queda de 4,6% (676 mil pessoas) em comparação ao trimestre terminado em abril (14,8 milhões de pessoas), porém, é um aumento de 7,3% (955 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2020 (13,1 milhões de pessoas).
“A vacinação em massa tem contribuído para a retomada segura da atividade e, consequentemente, o emprego. Neste processo, destaca-se a melhora dos serviços e do comércio, que foram severamente afetados pela pandemia.”, diz trecho de nota divulgada pelo Ministério da Economia.
A pasta destacou que a recuperação da atividade econômica estimulou o emprego tanto nos postos de trabalho formais quanto informais. “Deve-se destacar a melhora recente no setor informal, com a recuperação dos serviços e a melhora das condições sanitárias.”
Emprego com carteira assinada cresceu no último trimestre
Hoje, o trabalho informal sem carteira assinada, sem CNPJ ou sem remuneração chegou a 36,3 milhões de pessoas, sendo que no trimestre anterior eram 34,2 milhões. Já o emprego com carteira assinada avançou 3,5% e hoje engloba 30,6 milhões de pessoas no trimestre encerrado em julho.
O Ministério da Economia chamou atenção para os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados ontem (29) pelo Ministério do Trabalho e Previdência, que mostram que o país abriu 372.265 postos de trabalho em agosto — oitavo mês consecutivo de saldo positivo.
“Os indicadores do CAGED mostram a retomada do mercado de trabalho formal, confirmando o observado na PNAD contínua. A evolução do número de admissões vis-à-vis desligamentos indica que o hiato entre entradas e saídas do mercado formal tem se ampliado positivamente com as admissões em forte ritmo de elevação e desligamentos em nível próximo à média recente pós crise de 2015”, disse a pasta.