Cientistas de Oxford afirmaram na última sexta-feira (5) que a vacina desenvolvida pela universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca é eficaz contra a variante britânica do coronavírus, chamada de B.1.1.7.
Vacina de Oxford proporcionou redução no tempo de eliminação do vírus
De acordo com Oxford, análises feitas recentemente mostram que a vacina proporcionou uma redução do tempo de eliminação do vírus, o que pode gerar uma queda na velocidade de transmissão da doença.
Imunizante pode proteger contra a variante da doença
“Os dados dos nossos testes da vacina no Reino Unido indicam que a vacina não apenas protege contra o vírus original, mas também contra a variante B.1.1.7, que causou o aumento de casos no final de 2020 em todo o Reino Unido”, declarou Andrew Pollard, professor e diretor do grupo de vacinas de Oxford. No Brasil, a vacina de Oxford será produzida e distribuída pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.
Níveis de proteção parecido entre vírus original e cepa
Cientistas de Oxford escolheram voluntários com infecção sintomática e assintomática, nas fases 2 e 3 dos testes da vacina entre o período de 1º de outubro de 2020 e 14 de janeiro de 2021. Com isso, identificaram com qual cepa do coronavírus eles haviam sido infectados após receberem a vacina.
Com base neste reconhecimento, eles fizeram estudos sobre o nível de proteção, fator que demonstrou ser parecido entre os contaminados com a cepa original e a mutação.
“Coronavírus são menos propensos a mutações do que o vírus influenza, mas sempre esperamos que, com a continuação da pandemia, novas variantes comecem a se tornar dominantes entre os vírus que estão circulando e que, eventualmente, uma nova versão de vacina seja atualizada”, relatou Sarah Gilbert, professora de vacinologia da universidade. Os dados completos do estudo ainda serão revisados por pares da comunidade científica internacional.