Em nota divulgada nesta terça-feira (11), o Ministério da Saúde anunciou a compra de mais 100 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech contra Covid-19 e disse que o contrato apenas aguarda a assinatura da fabricante. A expectativa é receber as doses a partir do mês de setembro.
“O Ministério da Saúde informa que já assinou o contrato com a Pfizer e aguarda a assinatura do laboratório. Cabe ressaltar que há uma diferença de fuso horário, já que a sede da empresa está na Bélgica. A expectativa da pasta é receber as 100 milhões de doses contratadas a partir de setembro de 2021”, disse o ministério em nota.
Caso a Pfizer assine o novo contrato, o Ministério da Saúde receberá o total de 200 milhões de doses, pois o primeiro contrato entre a fabricante e o governo federal também previa a entrega de 100 milhões de doses, das quais cerca de 2 milhões já chegaram ao Brasil e estão sendo distribuídas entre os estados.
As primeiras doses da vacina da Pfizer chegaram ao país no dia 29 de abril e a entrega de mais 628.290 de doses deve ser realizada nesta quarta-feira (12). Com o imunizante deve ser conservado em baixas temperaturas, apenas as capitais estão recebendo as doses.
Vacina da Pfizer foi rejeitada pelo governo Bolsonaro em 2020
A vacina da Pfizer foi oferecida pela primeira vez em junho de 2020 ao governo brasileiro, que recusou a oferta de 70 milhões de doses que seriam entregues a partir de dezembro. Além de recusar a oferta, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) insinuou que a vacina transformaria as pessoas em jacarés.
“Lá no contrato da Pfizer, está bem claro que nós [a Pfizer] não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral. Se você virar um jacaré, é problema seu”, disse Bolsonaro em dezembro de 2020.
Sem as doses da vacina da Pfizer em dezembro, a vacinação contra Covid-19 começou em janeiro, após aprovação da CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e envasada pelo Instituto Butantan no Brasil.
Apesar de Bolsonaro já ter criticado as três vacinas em uso no Brasil (Pfizer, CoronaVac e AstraZeneca), segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a “autorização” para comprar mais doses da vacina da Pfizer teria sido dada pelo presidente.
“Foi o presidente que me incumbiu de impulsionar a nossa campanha de vacinação e é isso que estamos fazendo”, afirmou Queiroga.