A CPI da Pandemia volta a se reunir no dia 3 de agosto, por causa do recesso parlamentar, e terá prorrogação de 90 dias a partir do dia 7. Por conta disso, a TV Senado divulgou uma linha do tempo da CPI, desde a sua instalação, no dia 27 de abril, quando foram eleitos presidente e vice e designado o relator. Foram 33 depoimentos, além de aprovação de requerimentos de informação e de quebras de sigilo. Confira:
A Linha do Tempo da CPI
Abril/2021
27: eleição de Omar Aziz (PSD – AM) como presidente da Comissão e Randolfe Rodrigues (Rede – AP) como vice-presidente. Renan Calheiros (MDB – AL) se tornou o relator e, em seguida, se oficializou a instalação da CPI.
29: os primeiros requerimentos, convocações, convites e pedidos foram devidamente aprovados.
Maio/2021
04: Luiz Henrique Mandeta, ex-ministro da saúde, fez seu depoimento. Na linha do tempo da CPI, ele foi o primeiro a depôr e afirmou que o presidente Jair Bolsonaro estava ciente da situação do país.
05: foi a vez de Nelson Teich, também ex-ministro da saúde, falar à Comissão. Ele disse que abandonou o ministério por não concordar com o uso da cloroquina para tratamento precoce contra Covid-19.
06: Marcelo Queiroga, atual ministro da saúde, deu seu primeiro depoimento, defendendo o distanciamento social.
11: o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, informou que houve uma sugestão para que se mudasse a bula da cloroquina.
12: Fábio Wajngarten, ex-secretário de comunicação da presidência da República, informou que o governo demorou para comprar a Pfizer.
13: Carlos Murillo, presidente da Pfizer na América Latina, disse que o governo estava ignorando as tentativas de contato da empresa desde Agosto de 2020.
14: Ernesto Araújo, ex-ministro das relações exteriores, negou ter atrapalhado a compra de vacinas.
19 e 20: foi Eduardo Pazuello, ex-ministro da saúde, que falou à CPI nesses dois dias. Segundo ele, o governo não demorou para socorrer Manaus durante a crise do oxigênio e não fez incentivo ao uso de cloroquina.
25: Mayra Pinheiro, secretária do ministério da saúde, defendeu a cloroquina e criticou as medidas de isolamento social.
26: não houve depoimentos públicos nesse dia. Pela linha do tempo, novos requerimentos foram votados.
27: Dimas Covas, diretor do instituto Butantã, disse à CPI que não teve apoio financeiro do Governo Federal para produzir a CoranaVac.
Junho/2021
01: junho começou com o depoimento da médica Nise Yamaguchi, que defendeu o uso da cloroquina e negou a existência de um gabinete paralelo.
02: no dia seguinte, a médica e infectologista Luana Araújo fez contraponto à Yamaguchi, afirmando que não saber por que sua nomeação foi recusada no Ministério da Saúde. Ela criticou o tratamento precoce.
08: Marcelo Queiroga depõe pela segunda vez, defendendo a realização da Copa América no Brasil.
09: Antônio Elcio Franco, secretário-geral do ministério da saúde, negou que problemas políticos tenham atrasado a compra da CoronaVac.
10: votação de novos requerimentos
11: O médico Cláudio Maierovitch e a cientista Natalia Pasternak falam à CPI. Segundo eles, o tratamento precoce seria ineficaz para o tratamento da Covid-19; para os estudiosos, a melhor forma de prevenção seria o distanciamento social e a vacina devia ser uma prioridade.
15: Marcellus Campêlo, ex-secretário de saúde do Amazonas, deu mais detalhes sobre a crise de oxigênio no Estado.
16: Wilson Witzel, ex-governador do Rio de Janeiro, disse à CPI que houve interferência governamental em sua gestão; porém, Witzel usou um habeas corpus para parar o depoimento no meio.
17: Carlos Wizard estava escalado para depôr nesse dia, mas não compareceu.
18: Francisco Cardoso e Ricardo Zimerman, ambos médicos, defenderam cloroquina e o tratamento precoce.
22: o deputado federal Osmar Terra (MDB – RS) negou ter defendido a imunidade de rebanho.
23: votação de novos requerimentos
24: Jurema Werneck, diretora-executiva da anistia internacional, e o epidemologista Pedro Hallal deram dados que provavam que pelo menos mil mortes poderiam ter sido evitadas.
25: Os irmãos Luis Miranda e Luis Ricardo Miranda, respectivamente deputado federal e servidor do ministério da saúde, informaram que Bolsonaro sabia sobre as irregularidades na compra da Covaxin.
29: Fausto Júnior, deputado estadual do Amazonas, informou que não indicou Wilson Lima por suspeita de fraude.
30: Carlos Wizard, que a princípio estava marcado para o dia 17, aparece para dar seu depoimento. Entretanto, o empresário usou seu habeas corpus para permanecer em silêncio durante toda a sessão.
Fim da linha do tempo da CPI: Julho/2021
01: Luiz Paulo Dominguetti, coronel e representante da Davati Medical Supply, foi o primeiro a depôr em Julho. Segundo ele, teria recebido pedidos de propina para vender vacinas ao ministério.
06: Contradizendo tudo o que havia sido dito na CPI até então, a servidora do ministério da Saúde Regina Célia Silva Oliveira negou ter notado qualquer irregularidade no contrato de compra da Covaxin.
07: Roberto Dias, ex-diretor do ministério da saúde, tinha várias acusações de receber propina. Entretanto, Aziz entendeu que Dias estava mentindo para a Comissão e deu voz de prisão ao ex-diretor. Dias já pagou fiança e agora é um investigado.
08: Francieli Fantinato é ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações e, após depor à CPI, deixou de ser uma investigada e se tornou apenas testemunha. Segundo ela, era necessário comprar mais vacinas e fazer uma boa campanha de vacinação.
09: William Amorim, consultor terceirizado do ministério da Saúde, disse que avisou várias vezes sobre os erros de contrato na compra da Covaxin.
13: Emanuela Medrades, diretora da Precisa Medicamentos, compareceu à CPI nesse dia; porém se manteve em silêncio por conta do Habeas Corpus. Por conta disso, Aziz a convocou novamente para o dia seguinte.
14: dessa vez, Emanuela Medrades deu sua colaboração à CPI, informando que a empresa não ofereceu ao governo a vacina Covaxin por UR$ 10.
15: Cristiano Alberto Carvalho, procurador da Davati Medical Supply, foi o último a depôr até a última atualização desta linha do tempo. Seu Habeas Corpus havia sido negado.