Tutinha, apelido do empresário Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, renunciou ao cargo de presidente do Grupo JP nesta segunda (9). De acordo com o site Uol, Roberto Araújo, o CEO do grupo desde 2014, será o novo presidente.
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Em comunicado para a imprensa, a Jovem Pan não detalhou o motivo da saída de Tutinha, afirmando apenas que ele “assim como os demais acionistas da empresa, continua no Conselho de Administração com a missão de preservar os princípios e valores que norteiam o Grupo Jovem Pan há oitenta anos”.
“Desde 2013 no Grupo Jovem Pan, Roberto Araujo liderou os processos de transformação digital da empresa e de expansão do projeto multiplataforma que tornou a Jovem Pan um dos players mais relevantes do mercado, no rádio, na Internet e, mais recentemente, na TV por assinatura”, finalizou a nota.
A saída de Tutinha ocorreu um dia depois da Jovem Pan ser acusada, nas redes sociais, de fomentar o terrorismo bolsonarista, que atacou o Prédio dos 3 Poderes, em Brasília. Desde sua concepção, o canal é acusado de disseminar fake news.
MPF instaura inquérito contra por fake news e golpe
A Procuradoria da República em São Paulo abriu um inquérito, nesta segunda-feira (9), para investigar a Jovem Pan por disseminação de fake news e incitação a atos golpistas. De acordo com o documento do Ministério Público Federal, a apuração foi instaurada pelo procurador Yuri Côrrea da Luz.
De acordo com levantamento, a MPF afirma que a JP tem “tem veiculado sistematicamente fake news e discursos que atentam contra a ordem institucional, em um período que coincide com a escalada de movimentos golpistas e violentos em todo o País”.
O procurador argumenta que a Jovem Pan desconsiderou a gravidade dos atos terroristas em Brasília, apresentando “descrédito às instituições e ao processo democrático”. Ademais, quer saber se o canal “violou direitos fundamentais da população e incorreu em abusos à liberdade de radiodifusão”.
Caso o crime seja comprovado, a emissora pode ser condenada a multas e indenizações por dano moral coletivo e pode até perder a concessão. A Jovem Pan tem 15 dias para informar ao órgão sua programação e dados pessoais de comentaristas de programas da casa.
Por fim, a Jovem Pan está proibida de fazer qualquer alteração nos canais que mantém no Youtube, como excluir vídeos ou tornar a visualização restrita. Por enquanto, a emissora não se pronunciou sobre o ocorrido.
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