Os trabalhadores autônomos foram os que mais perderam renda nesta pandemia do novo coronavírus este ano. Pelo menos é o que mostram os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com esses dados o Brasil tem, ao menos, 21,4 milhões de trabalhadores autônomos. Ou seja, aqueles que não possuem uma renda fixa. Isso porque eles trabalham por conta própria e recebem imediatamente pelo trabalho que fazem. Quando fazem.
Nesse grupo, a queda de renda foi de 18,7%. É portanto uma queda muito maior do que a vista na média de todos os grupos que foi de 11,7%. Essa queda acontece mesmo com a chegada do Auxílio Emergencial do Governo Federal.
Vale lembrar que esse auxílio inclui as pessoas que trabalham de maneira autônoma. A ajuda em questão era de 600 reais por mês, e de 1200 reais por mês em casos de mães solteiras. Mas o dinheiro é menos do que uma boa parte deles ganhava.
Com esses dados, cresce a preocupação com o futuro das pessoas. É que com o fim do Auxílio Emergencial no próximo mês de dezembro essas pessoas vão ficar sem renda. Ou seja, eles irão depender exclusivamente do retorno das atividades.
Autônomos na pandemia
De acordo com especialistas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) a recuperação da economia é que vai acabar definindo o futuro dessas pessoas. Ou seja, tudo vai depender do comportamento da pandemia do novo coronavírus. Isso porque não há data certa para uma vacina.
Em uma aparição pública nesta sexta-feira (9) o presidente Jair Bolsonaro disse que o Auxílio Emergencial não vai passar por uma ampliação. Ele argumentou que o dinheiro é pouco para quem recebe, mas custa muito aos cofres públicos.