Marcelo da Silva, de 40 anos, foi pressionado a confessar que matou a menina Beatriz Angélica, assassinada a facadas em 2015, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, no Sertão do Pernambuco. Isso é o que afirma o próprio acusado em uma carta revelada nesta terça-feira (18) pelo novo defensor do suspeito, Rafael Nunes.
Assim como publicou o Brasil123, a Secretaria de Defesa Social (SDS) relatou que o acusado confessou o crime para dois delegados após um exame de DNA apontar que a faca usada no crime contra a criança continha o material genético do homem.
No entanto, agora, o homem afirma que foi pressionado a dizer isso. Nesta terça, em uma carta revelada pelo advogado, Marcelo da Silva se diz inocente, afirmando que não matou Beatriz, uma versão totalmente oposta do que fora dito anteriormente.
“Eu confessei na pressão. Pelo amor de Deus, eles querem minha morte. Preciso de ajuda. Estou com medo de morrer, quero viver. Eu não sou assassino. Quero falar com a mãe da criança. Quero a proteção de minha mãe”, diz o documento.
Em entrevista à “TV Globo”, Rafael Nunes foi enfático ao responder se acredita da inocência de Marcelo da Silva no crime bárbaro contra a garota Beatriz. “Acredito, não. Tenho certeza”, disse ele, que assumiu o lugar da advogada Niedja Mônica da Silva, que disse no sábado (15), que Marcelo da Silva quis confessar o crime para “aliviar o coração” da mãe de Beatriz, Lucinha Mota.
Acusado de matar Beatriz está preso
Marcelo da Silva já está preso. Isso, desde 2017, quando ele foi condenado por estupro de vulnerável. Na terça (11) passada, seis anos após o crime, a polícia chegou ao acusado por conta de um exame de DNA que indicou que o material genético dele é compatível com o que foi encontrado na faca deixada no tórax da menina Beatriz, em 2015.
Segundo a Polícia Civil, as investigações mostram que o suspeito agiu sozinho, sem a ajuda de ninguém. Todavia, a mãe da menina, Lucinha Mota, duvida dessa informação, pois ela acredita que pode haver um mandante e que possíveis problemas da escola em que a menina morreu podem ter a ver com a motivação do crime.
“Ele chega, ele esconde a faca, ele recebe uma ligação ou uma mensagem, ele bota o telefone próximo à orelha dele, como se estivesse recebendo uma ligação. Ele vai no canteiro, pega a faca, bota no pé e parte em direção ao colégio. Pelo amor de Deus, não precisa ser nenhum expert para entender que, ali, alguém avisou a ele. O quê? O momento certo de entrar? Essas coisas que precisam ser identificadas”, questionou a mulher.
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