Um ex-funcionário do supermercado Extra Cambuci, localizado na Zona Sul de São Paulo, denunciou que o estabelecimento reembala e recoloca à venda carnes, frios e embutidos com validade vencida. Após ter constatado algumas irregularidades, a Vigilância Sanitária multou e interditou parcialmente a unidade. Isso em agosto.
Na terça-feira (07), agentes da mesma entidade e também policiais do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) foram ao supermercado e cumpriram algumas diligências a fim de apurar novas denúncias sobre o caso, que veio à tona porque o fatiador de frios Wellington Pereira da Silva, 34 anos, revelou o que acontecia no estabelecimento.
Em agosto deste ano, ele gravou um vídeo mostrando cortes de frango, lombo, peças de mortadela, presunto, bacon e outros produtos, todos vencidos, sendo reembalados e colocados à venda. Segundo o fatiador, ele continuou no emprego até outubro, quando foi demitido, de acordo com ele, porque não concordava com a prática. Conforme aponta uma matéria do portal “G1”, publicada nesta quarta (08), a comercialização de produtos continua no estabelecimento.
Por conta deste novo fato, em nota, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), relatou que o local está sendo acompanhado pela Unidade de Vigilância em Saúde (Uvis) desde agosto, quando a primeira denúncia veio à tona.
Na ocasião, informou o órgão, foram identificadas irregularidades que resultaram na lavratura de Auto de Infração e Termo de Interdição Parcial de Estabelecimento. “Foi aberto processo administrativo sanitário para acompanhamento”, explicou a Covisa.
Ainda conforme a entidade, os estabelecimentos que apresentam irregularidades higiênico-sanitárias são autuados e estão sujeitos à multa, que pode chegar a R$ 500 mil. Não suficiente, o órgão ressalta que o consumo de alimentos fora do prazo pode causar intoxicação alimentar, infecções, náuseas e até levar a pessoa a necessidade de ser internada.
Extra nega os fatos
Também em um comunicado, o supermercado Extra negou a prática e ainda afirmou que tais atitudes não fazem parte dos procedimentos de segurança alimentar da companhia. “A companhia abriu um processo de apuração interna para averiguar as imagens e tomar as medidas necessárias”, informou a empresa.
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