Lindemberg Alves, condenado a 39 anos de prisão pela morte da ex-namorada Eloá Cristina, terá que voltar a cumprir sua pena em regime fechado. Isso porque o assassino da jovem perdeu o benefício de cumprir a pena no regime semiaberto após a Justiça aceitar um pedido feito pelo Ministério Público (MP).
Apesar de anunciada nesta quinta-feira (09), a decisão, assinada pelo desembargador Guilherme Nucci, foi dada no dia 31 de agosto e a defesa do condenado já afirmou que vai recorrer de determinação.
Lindemberg cumpre pena em Tremembé, no interior de São Paulo, desde 2008. No começo do ano, ele adquiriu o benefício do regime semiaberto, que é uma modalidade de prisão em que o detento pode sair temporariamente da cadeia cinco vezes ao ano em datas como o Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal.
No recurso do MP, o órgão afirmou que, a partir de um teste de personalidade, constatou-se que Lindemberg apresenta “traços narcísicos e antissociais”. Além disso, informou a instituição, o condenado apresentou uma “impulsividade elevada e pouca capacidade de afeto, apresentando postura autocentrada”.
Ainda no pedido feito pelo MP para que o regime semiaberto fosse revogado, o órgão também relatou que testes apontaram que Lindemberg tem uma “personalidade agressiva e com alternâncias de comportamento, apresentando fantasias imaturas, traços egocêntricos e necessidade de controle sobre o ambiente”.
Por conta das alegações do Ministério Público, o desembargador responsável pelo caso afirmou que o condenado não assimilou “adequadamente a terapêutica penal, devendo permanecer por maior período em regime fechado”. Isso, mesmo Lindemberg não tendo apresentado faltas disciplinares graves ou um mau comportamento carcerário.
Relembre o caso de Eloá
O caso Eloá aconteceu em outubro de 2008. À época, Lindemberg invadiu o apartamento em que a jovem morava com os pais em Santo André, São Paulo, com o intuito de reatar o romance com a vítima.
Ao todo, o condenado ficou no local por quatro dias, até que acabou baleando Eloá, que morreu, e uma amiga da jovem, que acabou sobrevivendo. Lindemberg foi condenado a mais de 90 anos de prisão pelo assassinato da ex-namorada e também por mais 11 crimes cometidos durante o sequestro.
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