O ministro argentino, Ginés González García, através do seu perfil no Twitter, confirmou na última segunda-feira (08), diversos casos das variantes brasileiras do SARS-CoV-2. Dentre eles, dois foram positivos para variante P1 (Amazonas) e duas amostras contendo a variante P2 (Rio de Janeiro).
Ao todo foram quatro infectados, todos com histórico recente de viagens ao Brasil. Diante disso, há uma grande preocupação na questão do aumento dos números de casos associados as novas variantes, pois foi comprovado o seu aumento significativo de transmissão, possibilitando, assim, atingir um maior números de indivíduos. Ademais, as novas variantes possuem maior capacidade de driblar o sistema imune, o que dificulta a ação dos anticorpos.
Vale salientar que quanto maior os números de contaminados, maiores serão os números de óbitos. Isso significa que as novas cepas causam indiretamente um aumento nos números de casos de morte, não por ser mais letal, mas sim por ser mais transmissível
Em virtude dos fatos ocorridos, a Argentina mantém o fechamento das fronteiras com o Brasil até 28 de fevereiro, prazo que pode ser estendido. O país atingiu a marca de quase 2 milhões de casos de Covid-19, totalizando 49.171 mortes.
Nossa vizinha acelera o seu plano de imunização, hoje o país conta com pouco mais de 511.000 doses aplicadas, isso equivale a 1,14 vacinados, com a vacina russa Sputnik V, em cada 100 pessoas. Ademais, é importante ressaltar que o país em questão iniciou a campanha de vacinação na frente do Brasil, por meio da Sputnik V, produzida na Rússia.
Mapeamento de novas cepas do SARS-CoV-2, saiba a importância desse sequenciamento
A cada dia, os casos de linhagens com mutação do SARS-CoV-2 estão em constante ascensão não só no Brasil, mas também em todo o planeta. As novas cepas têm capacidade alta de contágio, devido a sua elevada taxa de transmissão, mas não necessariamente é mais letal.
Conhecer bem o “inimigo” é fator fundamental para saber como lidar com esse agente agressor. O mapeamento do vírus permite identificação de mutações e o caminho que o vírus percorre em diversos países, por exemplo. Com isso, o genoma do patógeno ajuda a conhecer a rota de transmissão do vírus, permite saber a origem e, ao chegar em um determinada população, ele poderá acumular mutações, diferenciando aos poucos da população da qual ele saiu.
Diante disso, nota-se a importância de conhecer a fundo o vírus, em toda sua dimensão, o que permite o desenvolvimento de vacinas e até mesmo drogas que auxiliem o tratamento.