Durante entrevista à CNN Brasil, o secretário municipal de saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, confirmou que só tem lotes de vacina contra o coronavírus até a próxima a quarta-feira (10).
Segundo o secretário, cerca de 900 mil doses da vacina Coronavac foram enviadas pelo Instituto Butantan ao Ministério da Saúde no começo do mês de março, mas até agora não foram distribuídas para os estados, dentre eles o Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro pretende imunizar grupos dos 60 anos até final de março
Na semana passada, a Prefeitura do Rio divulgou um calendário que prevê que idosos de até 67 anos sejam vacinados neste mês, sendo cada dia específico para uma idade, mas destacou que só poderia cumprir o cronograma caso chegassem as doses prometidas pelo governo federal. A previsão da prefeitura é vacinar idosos de 77 anos (segunda e terça) e 76 anos (quarta).
Pelas redes sociais, o prefeito Eduardo Paes pressionou o Ministério da Saúde ao comentar uma postagem da Pasta que anunciou a distribuição de 22,7 milhões de doses da Coronavac diluídas em remessas semanais ao longo deste mês.
“Só é fundamental, para que não ocorra atraso no calendário do Rio – que o Ministério da Saúde distribua a vacina na mesma data em que recebe do Butantan, qualquer atraso significa vidas que podem ser perdidas. Obrigado pela atenção!”
Cidade já ficou sem vacina esse ano
Entre os dias 17 a 25 de fevereiro, a Prefeitura do Rio já precisou suspender a vacinação contra a Covid-19 por falta de doses de vacina.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que não há “represamento” das doses e que o Instituto Butantan, que produz a Coronavac, prevê a entrega de 1,7 milhão de doses amanhã (8) para o Programa Nacional de Imunização.
“Tratamos como previsão pois pode haver alterações no cronograma do laboratório. E aí o Ministério vai manter a mesma periodicidade que o laboratório, com repasses semanais aos estados”.
Até o momento o Brasil conseguiu imunizar com as vacinas disponíveis no Brasil certa de 10 milhões de pessoas. Entretanto, esse número é ainda bem baixo, ainda mais que o país tem um alto potencial de imunizar as pessoas com alta velocidade.
Mas, para que isso ocorra, é preciso ter vacina disponível e a compra pelo Ministério da Saúde está bem abaixo do esperado.
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