A diarista Jurema Álvares Pinto, de 67 anos, morreu após ser baleada na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na manhã de segunda-feira (07), enquanto estava indo para o seu trabalho, na Barra da Tijuca, mesma região.
Bala perdida acerta e mata bebê que estava cortando o cabelo no RJ
Nesta terça-feira (08), duas filhas da diarista, Maria José e Cristina, lamentaram a morte de sua mãe e afirmaram que a mulher era trabalhadora e morreu indo para o serviço, uma casa em que ela era colaboradora há 30 anos. “Tiraram a vida de uma pessoa que era trabalhadora. Minha mãe trabalha desde os 13 anos, criou a gente sozinha. Quem fez tem que pagar”, disse Cristina Álvares na porta do Instituto Médico Legal (IML).
Além de Cristina, Maria também comentou sobre a morte da mãe e ainda pediu Justiça. “Tudo era com a minha mãe. Eu casei e fui morar em cima. Hoje acordei e minha mãe não estava mais ali. Mataram a minha mãe. Minha mãe não morreu de doença, mataram a minha mãe indo trabalhar, um absurdo isso”, desabafou.
“Nada vai trazer minha mãe de volta, mas eu quero justiça. Eu quero que peguem essa pessoa que matou minha mãe”, disse a mulher, relembrando que foi alertada pelo irmão que sua mãe foi atingida por uma bala perdida. Segundo ela, seu irmão ligou pedindo para que ela fosse rapidamente para o local em que eles estavam.
“Eu estava em casa e meu irmão me ligou: ‘vem para cá correndo’. Ele estava chorando: ‘minha mãe tomou um tiro’”, começou. “No meio do caminho, ele me liga. Eu pergunto: ‘Como está minha mãe?’. Ele me avisou que minha mãe faleceu”, finalizou a mulher.
Diarista estava com o filho
De acordo com as informações, na hora que foi alvejada, a diarista estava em um carro com o filho, que é motorista de aplicativo. De acordo com o rapaz, identificado como Marcelo Álvares, ele está acostumado a andar por locais perigosos, mas nunca pensou que poderia ficar no fogo cruzado com a sua mãe ao lado.
“Eu passo com passageiro em certos lugares perigosos e já passou pela minha cabeça você passar e, de repente, ser alvejado o carro, e acertar um passageiro, uma criança. E comigo aconteceu a pior coisa possível. O passageiro foi a minha mãe”, disse o homem.
De acordo com a Divisão de Homicídios da Capital, que está investigando o caso, não havia operação da Polícia Militar (PM) ou confronto envolvendo agentes da corporação na hora do fato. Nesse sentindo, informou a entidade, o disparo que atingiu Jurema foi feito por bandidos que estavam passando pela área.
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