Queiroga foi interrogado na CPI sobre a divulgação de números falsos sobre a quantidade de vacinas garantidas para a população. O ministro disse, em algumas entrevistas, que haviam mais de 282 milhões de doses garantidas sendo que estavam em negociação e não tinham nenhum acordo fechado.
Em alguns momentos, antes de assumir o cargo que era liderado por Pazuello, ele disse que iria seguir a mesma cartilha que fosse imposta pelo presidente que está acima dele. Afirmou também que era a favor do tratamento precoce usado pelos médicos porque somente os profissionais possuem autoridade sobre o paciente.
“Amanhã vamos saber se tem ou não vacina e quais são os contratos. Vou esperar o ministro aqui com essa resposta”, declarou Omar na tarde de ontem (05) em uma coletiva de imprensa.
Ontem (05), era o dia de Pazuello comparecer mas disse que não poderia porque estava em contato com pessoas infectadas com Covid-19. Uma semana antes, foi visto andando sem máscara no shopping e, quando foi interrogado, disse que não era um assunto relevante e tratou a situação com deboche.
As interrogações da CPI podem ser vistas ao vivo através do Youtube e já está acontecendo esta manhã. Queiroga foi questionado sobre defender, ou não, o tratamento precoce defendido pelo presidente. Ele tentou se esquivar da resposta.
Outros a deporem além de Queiroga
Nesta tarde, iniciando às 14 horas, deve ocorrer o depoimento do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres. Ele deve explicar como ocorreram as negociações e quais as pressões impostas pelo presidente Bolsonaro sobre a Covid-19.
Os senadores responsáveis pela investigação argumentam que é crucial a presença de Paulo Guedes nos próximos dias. Isso porque tanto Teich quanto Mandetta argumentaram que a pasta da Economia não estava interessada nos assuntos relacionados à pandemia e não deram a devida atenção.
Queiroga também informa que não autorizou a distribuição de cloroquina ou de outros medicamentos para o tratamento precoce do coronavírus. Acrescenta que faltou o fortalecimento do SUS e que a vacina é a única solução.
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