A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação nesta quarta-feira (20) com o intuito de desarticular um grupo criminoso que atua com o tráfico internacional de drogas no estado do Amapá. De acordo com a corporação, dentre os presos está Isaac Alcolumbre, ex-deputado estadual do estado e primo do senador e ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre, que não é investigado na operação.
Assim como publicou o Brasil123, a ação deflagrada pela PF cumpriu 24 mandados de prisão preventiva e 49 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Pará, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Ceará e Piauí.
Segundo o órgão federal, as investigações apontaram que o Amapá era considerado um ponto logístico da organização criminosa, que utilizava aeronaves e também empresas para tentar mascarar o transporte de drogas entre os estados brasileiros e também entre países da América do Sul.
Envolvimento de Isaac Alcolumbre
Conforme a PF, Isaac Alcolumbre foi preso porque é o dono do aeródromo em Macapá. O local, segundo as investigações, servia como ponto para que o abastecimento e a manutenção das aeronaves, a maioria de pequeno porte, fossem realizados.
“O estado recebia os aviões vindos principalmente da Colômbia e Venezuela, que depois seguiam com as drogas para várias regiões do Brasil”, informou a PF que, até o momento, não deu detalhes sobre o número total de presos e nem a quantia já apreendida.
Investigações começaram 2020
Segundo a PF, a ação desta quarta aconteceu graças as investigações iniciadas ainda em maio 2020. À época, agentes da entidade perceberam movimentações suspeitas de aeronaves na região.
Na ocasião, ainda foram descobertos destroços de um avião de pequeno porte, que ficou preso em uma região no município de Calçoene, no Amapá. “Este estava, em grande parte, destruído por um incêndio”, informou a PF, que constatou que o veículo em questão havia sido adaptado para o transporte drogas.
Por fim, a PF revelou qual o crime que o ex-deputado vai, de fato, é acusado. Todavia, de um modo geral, a corporação afirmou que os investigados responderão pelos delitos de tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro, podendo pegar mais de 51 anos de prisão.