Os seguidores de um detento que estava fazendo vídeos de dentro do Presídio Dalton Crespo, em Campos, no Norte do Rio de Janeiro, não vão mais poder acompanhá-lo no TikTok. Isso porque, nesta terça-feira (02), a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) anunciou que o suspeito será transferido.
Em nota, a pasta revelou que o suspeito, que estava registrando e compartilhando sua própria rotina dentro da cadeia foi transferido para uma unidade de segurança máxima no Rio de Janeiro, pois a utilização de aparelhos celulares por presos é proibida.
Detento no TikTok
As publicações do preso na cadeia começaram a ser compartilhadas no último dia 07 de outubro, mas só foram descobertas pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária na segunda-feira (01).
Nas publicações, o suspeito compartilhava seu dia a dia para seus mais de 2,5 mil seguidores. Nas gravações é possível ver coisas da rotina como os presos tomando café da manhã, limpando a cela e até jogando partidas de futebol.
“Bom dia pra todos. Que Deus proteja nosso dia de todo mal”, escreveu o detento em seu último vídeo, compartilhado na segunda (01). Na ocasião, ele mostrou a preparação de um misto quente em uma sanduicheira improvisada dentro da cela
De acordo com a Seap, depois de ter tomado conhecimento das publicações, uma varredura foi feita na unidade e o preso foi identificado. “O mesmo sofrerá as devidas sanções disciplinares e foi encaminhado, nesta terça-feira, para a Penitenciária de segurança máxima Laércio da Costa Pellegrino (Bangu 1), no Complexo de Gericinó”, informou a secretaria.
Mais itens apreendidos
Durante a inspeção na unidade, além do aparelho com o detento do TikTok, os agentes encontraram 17 celulares, 13 chips, além de uma pequena quantidade de drogas e outros itens que não são permitidos.
Por fim, a Seap afirmou que iniciou um procedimento de apuração com a Corregedoria, que irá apurar a ocorrência com o máximo rigor que a lei permitir.
“É intolerável que os presos continuem tendo acesso ao mundo exterior. Vamos intensificar as ações de repressão e punir quando descobrirmos os envolvidos no ingresso desses materiais não permitidos na unidade”, finalizou a pasta.
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