Yoshiro Mori, presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 (posteriormente adiado para 2021), renunciou nesta sexta-feira (12). Nos últimos dias, Mori foi duramente criticado por fazer comentários sexistas durante uma reunião online com o Comitê Olímpico Japonês.
Ele disse, por exemplo, que as mulheres falam muito nas reuniões “Por causa de seu forte senso de rivalidade, se alguém levantar a mão para falar então todas as outras vão querer falar também”, declarou Mori.
O comentário polêmico veio a partir da proposta do Comitê de incluir mais mulheres na administração, passando dos atuais 20% para 40%. Mori também afirmou que “se aumentar o número de mulheres, terá que limitar de alguma forma o tempo que elas podem conversar, caso contrário, nunca pararão, o que é um problema”.
Depois de muitas críticas – de atletas e políticos – ele se desculpou, mas disse que não queria deixar o cargo. Na última terça-feira (9), o Comitê Olímpico, que inicialmente havia tentado abafar o assunto, classificou os comentários de Mori de “totalmente inadequados”. Além disso, alguns dos principais patrocinadores olímpicos expressaram dúvidas sobre a continuidade da relação econômica com os Jogos.
Aos 83 anos, Yoshiro Mori já foi primeiro-ministro do Japão, entre 2000 e 2001.
O futuro das Olimpíadas de Tóquio
A realização da Olimpíada de Tóquio tem sido um drama para o governo japonês. Enquanto não se resolve o problema da pandemia tudo é incerto. Ano passado decidiu-se pelo adiamento, de modo que a nova data seria em agosto de 2021. Isso em função da pandemia de Covid-19.
Agora, o evento segue na obscuridade devido à expansão da segunda onda. Ou seja, a expectativa era o controle do contágio. Contudo, o vírus continua em circulação pelo mundo. Há cinco meses da abertura, muitas perguntas ainda devem ser respondidas, mas a organização do evento segue otimista para a realização dos jogos.
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