A Polícia Civil prendeu em Santarém, no oeste do Pará, nesta quinta-feira (03), um homem conhecido como “estelionatário do amor”, um criminoso acusado de unir seu poder de convencimento com a inocência de mulheres que acreditavam ter encontrado o amor de suas vidas.
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De acordo com as investigações, para enganar suas vítimas, mulheres com idades que variavam de 40 a 50 anos, o suspeito se passava por um coronel do Exército bem-sucedido, empreendedor e apaixonado por essas vítimas, que não faziam ideia de que ele só estava interessado em uma coisa: no dinheiro delas.
Segundo Júlio Wilke, delegado responsável pelo caso, o acusado tem 52 anos e, para cometer seus crimes, “criava um personagem, contava uma série de mentiras”. “Ele dizia que era coronel, pedia dinheiro para suas ‘namoradas’ e depois sumia”, detalhou o agente público.
Ainda segundo ele, até o momento, três vítimas do “estelionatário do amor” já foram identificadas. Há relatos de vítimas que conheceram o acusado via redes sociais, mas também há informações de quem tenha tido o primeiro contado com ele já pessoalmente.
Como agia o “estelionatário do amor”
Conforme explica o delegado, ao conversar com as vítimas, o homem, que não teve seu nome revelado, afirmava que era coronel, mas que havia feito poucos serviços na corporação. Isso, na década de 80. Mesmo afirmando que era bem-sucedido, o acusado acabava pedindo ajudas financeiras para suas vítimas.
Segundo as investigações, a desculpa que ele usava para pedir as quantias para essas mulheres era de que a pensão que ele recebia estava bloqueada ou que o montante estava sendo depositada na conta de sua ex-companheira.
“Uma das mulheres chegou a emprestar R$ 300 mil. Ele até abriu empresas no nome das vítimas, que acabaram com dívidas trabalhistas”, revelou o delegado, completando que o suspeito já respondeu cerca de 20 inquéritos, a maioria deles por estelionato.
Por fim, Júlio Wilke afirma que, agora, o principal objetivo da corporação é fazer com que mais vítimas tenha coragem de procurar a polícia para denunciar o “estelionatário do amor”. “Não precisam ter vergonha. Foram vítimas dele”, finalizou o delegado.
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