Agentes da Polícia Civil deflagraram, na segunda-feira (27), uma ação denominada como operação “Médico Fantasma”, que foi deflagrada a partir de investigações acerca de uma quadrilha de falsos médicos que atuavam em Peruíbe, no litoral de São Paulo.
Em nota, a entidade revelou que, ao todo, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em endereços pertencentes às pessoas que são apontadas como sendo os líderes da organização.
De acordo com a Polícia Civil, os mandados foram cumpridos nas cidades de São Bernardo do Campo, São Paulo e Barueri. Por lá, os agentes apreenderam documentos relacionados a quadrilha, um notebook e as quantias de U$ 1.685, 140 pesos bolivianos e R$ 350 na casa dos suspeitos, que utilizavam documentos de outros médicos, que nunca atuaram na cidade.
As investigações contra os falsos médicos
Conforme a corporação, a operação de segunda (27) começou depois que a Polícia Civil recebeu uma denúncia em 2020. Na ocasião, um morador da cidade de Peruíbe denunciou que foi atendido por um falso médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.
“O suspeito estava utilizando um CRM de um profissional credenciado”, informou a entidade, que apurou que o falso médico teria recebido cerca de R$ 144 mil da administração municipal por conta de seus trabalhos.
Com as investigações, constatou-se também que o criminoso estava usando documentos de um médico que nunca havia trabalhado na região. “Ainda durante os trabalhos, a equipe constatou que se tratava de uma organização criminosa, liderada por dois médicos, já identificados”, revelou.
Segundo a Polícia Civil, a quadrilha buscava por municípios necessitantes de serviços emergenciais na área da saúde, oferecia esses serviços e era contratada. “Ao menos oito pessoas foram encaminhadas para realizar os atendimentos como profissionais da medicina, mesmo sem ter qualquer registro”, detalhou.
Por fim, a corporação revela que os documentos utilizados eram de médicos credenciados que, em sua maioria, trabalhavam em outros estados, e não tinham ideia de que os seus dados eram utilizados para a prática ilícita.
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