Uma investigação feita pela Polícia Civil indicou que Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins”, teria sido o mandante da tentativa de homicídio contra Nilson Alves da Silva, conhecido como Nilsinho. De acordo com as informações, o crime aconteceu em março deste ano em Cabo Frio, Região dos Lagos, Rio de Janeiro.
As informações foram reveladas nesta quinta-feira por Carlos Eduardo Almeida, delegado da 126ª DP (Cabo Frio) e responsável pelas investigações. Segundo ele, Nilsinho, assim como Glaidson, era empresário no ramo de criptomoedas.
O motivo da ordem
Conforme revela o delegado, Glaidson teria mandado matar Nilsinho porque o empresário, em janeiro deste ano, teria espalhado por Cabo Frio que o “Faraó dos Bitcoins” estava na mira da Polícia Federal (PF) e, por isso, seria preso muito em breve.
Por conta disso, informava Nilsinho, o correto a se fazer era que os clientes de Glaidson retirassem as quantias investidas na empresa GAS Consultoria e transferissem para sua empresa.
Glaidson, de fato, foi preso pela PF, acusado de chefiar um esquema ilegal de investimento em criptomoedas. Na terça-feira, a Justiça Federal negou habeas corpus ao empresário.
A “premonição” de Nilsinho estava correta. Isso porque, assim como publicou o Brasil123, Glaidson foi, de fato, preso pela PF. Todavia, à época, o empresário não gostou nada de saber sobre a notícia que seu concorrente estava espalhada.
Nesse sentido, constatou a Polícia Civil, o “Faraó dos Bitcoins” teria mandado Thiago de Paula Reis, um dos homens de confiança de Glaidson, contratar criminosos para matar Nilsinho. Com a ordem, quatro pessoas foram contratadas e executaram o crime, sendo elas:
- Rodrigo Silva Moreira;
- Fabio Natan do Nascimento (FB);
- Chingler Lopes Lima
- E Rafael Marques Gregório.
Para cometer o homicídio, que no fim das contas não foi consumado, os criminosos cercaram a BMW X6 da vítima, avaliada em cerca de R$ 600 mil, e dispararam diversas vezes. Apesar de ter sobrevivido, Nilsinho acabou cego e tetraplégico. Em nota, a defesa do “Faraó dos Bitcoins” afirmou que não teve acesso às investigações e não comentará sobre o caso.
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