Os policiais militares de São Paulo estão expressamente proibidos de utilizar o ataque conhecido como “mata-leão” em abordagens. A informação foi dada pela própria Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP) nesta sexta-feira (31).
A SSP informou que todo o manual de defesa pessoal da Polícia Militar está passando por uma espécie de revisão. Vale lembrar que vídeos de policiais praticando o golpe se espalharam pela internet nas últimas semanas. Os vídeos causaram polêmica.
O “mata-leão” trata-se de uma espécie de procedimento de imobilização também conhecido em alguns lugares como “chave cervical” ou ainda “chave de pescoço” e “chave de braço”. Mas independente do nome, o fato é que o ato está proibido.
A decisão foi assinada por Marcus Vinícius Valério, que é o subcomandante da corporação. A informação, aliás, já foi passada para todos os policiais militares do estado na última quarta-feira (29).
Mas não foi só o “mata-leão” que foi proibido. A Secretaria também informou que estão proibidos outros atos de defesa pessoal. Entre esses atos estão o soco frontal e movimentos onde os policiais precisem usar pernas, ombros ou quadril para derrubar outra pessoa.
Adeus, mata-leão
Em nota, a Polícia Militar informou que o objetivo da retirada desses movimentos seria “aperfeiçoar a prestação de serviço à sociedade”. Além disso, a nota fala em “modernizar os seus protocolos de atuação nas ruas”.
“Atualmente, a instituição realiza estudos para avaliar as técnicas de contenção durante as detenções de suspeitos, sendo que a chave cervical não mais será empregada”, diz outro trecho na nota da Polícia Militar.
Caso recente
O fato é que recentemente vídeos de policiais usando técnicas de defesa pessoal se espalharam pela internet. Em um deles, um policial aplica uma chave de pescoço e sufoca um jovem negro no interior de São Paulo. O caso aconteceu no último dia 24 de julho e dividiu a opinião pública sobre a atuação da polícia.