O plano estadual de vacina da CoronaVac, imunizante que será usado no estado de São Paulo para o combate à Covid-19, deve ser anunciado nesta segunda-feira (07) pelo governo do estado. A vacina, que é produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, deve começar a ser aplicada na população em janeiro de 2021.
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De acordo com o governo, a vacina ainda está na terceira fase de teste. Nesta etapa, a eficácia do imunizante precisa ser comprovada antes de ser liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em entrevista realizada na semana passada, o governo estadual afirmou que o relatório final dos testes deve ser enviado à entidade ainda neste mês de dezembro e que não deve ser necessário solicitar o uso emergencial da vacina.
De acordo com o governador João Doria (PSDB), o programa só poderá ser aplicado a partir do dia 15 de janeiro, prazo dado pela Anvisa para análise final da testagem.
Crítica ao governo federal
Na última quinta-feira (3), o governador criticou o anúncio feito pelo governo federal de que o calendário de vacinação nacional deve começar em março de 2021. De acordo com Doria, a vacinação em São Paulo será realizada mesmo sem investimento do governo federal.
“Vamos apresentar o programa estadual de imunização completo, com cronograma, com setores que são priorizados, volume de vacinas, logística. Todos os processos serão apresentados”, revelou.
Profissionais de saúde saem na frente para receber a vacina
Na mesma oportunidade em que Doria se pronunciou, o coordenador do Centro de Contingência para Covid-19, José Medina, revelou que o plano que deve ser detalhado nesta segunda-feira pretende começar pelos profissionais de saúde e pessoas acima dos 50 anos.
Sendo assim, a campanha tende a ser similar a da gripe, que é realizada anualmente em todo o país. “Quem tem entre 50, 60 anos, a letalidade é de 3%. E ela é gradativamente subindo quem tem mais de 80 anos, até 80, 89 é de 32% e mais de 90 anos, é de 39%. E esse é o principal critério para a utilização da vacinação”, explicou.
Segundo ele, talvez o principal critério a ser utilizado é a vacinação das pessoas acima de 50 anos. “São as pessoas quem têm mais risco, são as pessoas que saturam o sistema de saúde. Além disso, a vacinação dessas pessoas quebra o círculo de circulação do vírus”, disse Medina.