Uma pílula anti-Covid? A Pfizer assinou um acordo de licença voluntária que deve permitir o acesso a seu comprimido anti-Covid. O anúncio foi feito no dia 16 de novembro de 2021.
Os fabricantes de medicamentos genéricos que receberem sublicenças poderão oferecer o novo medicamento em associação com ritonavir, utilizado contra o vírus da aids, em 95 países, que cobrem quase 53% da população mundial.
No início deste mês, a Pfizer, que já comercializa com o grupo alemão BioNTech uma das vacinas mais eficazes contra a Covid-19, anunciou que seu antiviral oral PF-07321332 tem eficácia de 89%. Ele serve para prevenir hospitalização ou morte entre os adultos que apresentam um risco elevado de desenvolver uma forma grave da doença, de acordo com resultados intermediários de testes clínicos.
Com o acordo, a pílula anti-Covid da Pfizer avança na mesma área que a rival Merck Sharp & Dohme (MSD), que anunciou um pacto similar com a MPP para seu medicamento anti-Covid oral, o molnupiravir, que também apresenta elevada taxa de eficácia.
Os resultados promissores ainda precisam ser confirmados. Mas em caso de validade, a disponibilidade será uma questão de meses, e não de anos.
Pílula anti-Covid: concorrente da Merck
Com os resultados, agora existem dois candidatos promissores para o tratamento de pacientes com covid-19 no início da doença. Afinal, no mês passado, a Merck & Co. e a parceira Ridgeback Biotherapeutics submeteram sua pílula experimental a reguladores depois que um estudo mostrou que o medicamento reduzia o risco de casos graves ou mortes pela metade em pacientes com covid-19 leve a moderada.
O órgão regulatório de saúde do Reino Unido deu aval ao tratamento. Trata-se do primeiro país a autorizar o uso do medicamento, que pode ser tomado em casa e tem ajudado a reduzir internações e óbitos de pacientes de maior risco. Conhecido como molnupiravir, o medicamento terá o nome comercial de Lagevrio.
Alternativas têm sido testadas
Os anticorpos monoclonais de empresas como Regeneron e Eli Lilly reduzem as hospitalizações. Mas as infusões são difíceis de fabricar e devem ser administradas em consultório médico, aumentando a pressão sobre os sistemas de saúde.
Outros medicamentos como o remdesivir, da Gilead Sciences, são usados para tratar pessoas que já estão hospitalizadas. O esteroide dexametasona tem baixo custo e, embora eficaz, também é administrado a pacientes com casos graves de covid.
O tratamento precoce com medicamentos não é indicado para covid-19 nem têm embasamento científico.
Pílula anti-Covid chega ainda esse ano
O gigante farmacêutico americano Merck Sharp and Dohme (MSD) se comprometeu a evitar as armadilhas da distribuição de vacinas e disse que sua nova pílula contra a Covid-19 estará disponível em países ricos e pobres ao mesmo tempo. Portanto, terá uma igualdade de distribuição.
Paul Schaper, diretor de estratégia global da empresa, declarou à AFP que a MSD começou a desenvolver sua política de acesso em julho de 2020, ou seja, muito antes dos primeiros resultados da eficácia do medicamento.
Na semana passada, o Reino Unido se tornou pioneiro em permitir esse tratamento antiviral, que diminui a capacidade do vírus de se replicar se ingerido nos primeiros dias após o aparecimento dos sintomas da doença. Sua administração requer apenas um copo d’água.