Nesta quinta-feira, dia 03, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou dados do PIB (Produto Interno Bruto) referentes ao último trimestre de 2020. Esse, de acordo com o Instituto, cresceu 7,7% em comparação aos três meses anteriores.
Panorama do PIB e da crise econômica brasileira
O crescimento, no entanto, está mais para uma recuperação pequena. Pois, ele só ocorreu em razão da base reduzida do segundo trimestre de 2020.
Nesse sentido, a economia brasileira permanece em um patamar abaixo daquele da pré-crise. Em relação ao último trimestre de 2019 também não é diferente: está 4,1% menor. A situação se repete quando comparada ao último pico do PIB, que ocorreu no início de 2014: 7,3% a menos.
Em comparação com o mesmo período de 2019, a queda foi de 3,9% do PIB. Ao total, o recuo foi de 5% anual e 3,4% em 12 meses.
Portanto, as previsões do governo não satisfeitas e os efeitos duros da crise sanitária, imposta pela pandemia, impõe-se de maneira quase imediata.
De acordo com matéria da Folha de São Paulo, analistas da agência Bloomberg esperavam um crescimento de 8,7% com base no trimestre anterior e uma queda de 3,6% relativa ao mesmo período de 2019.
Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, alguns setores se recuperaram, porém os gastos em infraestrutura, por enquanto retidos, puxaram os números para baixo.
“A gente ainda não voltou ao patamar pré-crise principalmente por causa dos serviços, mas não é só isso. A construção cresceu ante o trimestre anterior. A parte imobiliária se recuperou bastante, mas a parte de infraestrutura, até por causa dos gastos do governo, continua puxando para baixo também”, disse Rebeca.
Ainda segundo à Folha, o crescimento de 7,7% é um recorde dentre os registros do IBGE. Porém, a base de comparação influenciou, pois ela foi reduzido por força da pandemia, que gerou também uma queda recorde.