A Polícia Federal (PF) revelou nesta sexta-feira (05) que vai investigar as ameaçadas feitas aos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por conta da iminente liberação de aplicações de vacinas contra a Covid-19 em crianças com idades de cinco a 11 anos.
De acordo com a entidade, o pedido pela abertura de inquérito já está sendo formalizado e ocorre uma semana após diretores da Anvisa terem relatado que estavam se sentindo inseguros por conta das ameaças.
Também nesta sexta, assim como publicou mais cedo o Brasil123, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, informou que pediu à Polícia Federal que ele e os outros diretores do órgão passem a ser protegidos pela PF.
Na entrevista, ele também ressaltou que as ameaças são algo inédito na Anvisa e que, caso isso continue ocorrendo, essa tentativa de coação chegará em outras pessoas. “Estamos diante de um ineditismo […] Se progredir, vamos ter laboratórios sendo ameaçados, pessoas que trabalham nos postos de saúde sendo ameaçadas”, afirmou.
Ainda de acordo com o diretor-presidente da Anvisa, pode ser que existe uma outra motivação para as ameaças, além do movimento antivacina. “As possibilidades são inúmeras, obviamente são fontes criminosas ligadas ao pensamento antivacina”, completou.
Relembre o caso envolvendo os diretores da Anvisa
Na semana passada, a Anvisa divulgou uma nota revelando que cinco pessoas que integram a diretoria do órgão receberam mensagens contendo ameaçadas por conta das discussões sobre a liberação da aplicação da vacina contra a Covid-19 em crianças.
Na quinta-feira (04), antes da PF anunciar que iria investigar a tentativa de coação, diretores da Anvisa enviaram à corporação um pedido para que as ameaças fossem apuradas e os responsáveis identificados.
Por fim, a informação é de que foram duas ameaças recebidas pelos diretores. Nesse sentido, de acordo com a “Globo News”, investigadores conseguiram já conseguiram identificar o nome e o CPF do autor da primeira ameaça. Todavia, o órgão federal ainda não revelou quem é o suspeito nem à imprensa e à Anvisa, o que tem gerado insegurança nos diretores da entidade.
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