A Polícia Federal (PF) revelou nesta quarta-feira (22) que 27 pessoas foram indiciadas acusadas de terem desviado R$ 40 milhões de recursos públicos destinados à saúde através de uma organização social (OS).
De acordo com a entidade, essa OS foi contratada pelos municípios de Embu das Artes, Itapecerica da Serra, Hortolândia, São Vicente e Cajamar, todos localizados no estado de São Paulo.
Em nota, a corporação revelou que, dos denunciados, dois médicos estão foragidos e outros dois indiciados estão presos preventivamente por ordem do Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
Segundo a entidade, esses indiciamentos acontecem porque os acusados são suspeitos de terem cometido os seguintes crimes:
- Organização criminosa;
- Lavagem de dinheiro;
- Desvio de recursos públicos;
- Superfaturamento em fornecimento de medicamentos;
- Fraude em licitação;
- E uso de documento falso.
As investigações da PF
Ao todo, foram quase dois anos de investigações e duas operações deflagradas, ambas neste ano: uma em abril e a outra em novembro. Neste período, informou a Polícia Federal, foram mais de 40 pessoas ouvidas e 200 páginas explicando como os crimes aconteciam.
“A Organização Social havia sido constituída com documentos fraudulentos que permitiram que ela fosse contratada por diversos municípios”, relatou a corporação, explicando ainda que o presidente era um jovem veterinário, de 28 anos. No entanto, a entidade era controlada, na realidade, por diversos médicos.
No decorrer das apurações, constatou-se que os integrantes da OS sacaram cerca de R$ 20 milhões em espécie com a escolta armada de um guarda civil municipal. Não suficiente, os acusados também teriam movimentado dinheiro para empresas controladas pelo grupo.
Ao todo, estima-se que os acusados tenham desviado R$ 40 milhões. Era essa quantia que proporcionava aos suspeitos terem suas vidas, de acordo com a Polícia Federal, regada de luxo, com mansões, viagens e carros importados. Até o momento, os nomes dos acusados ainda não foram revelados.
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