As autoridades de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, continuam contabilizando os estragos culminados pela forte chuva registrada na terça-feira (15) na cidade. Na tarde desta quarta-feira (16), o Corpo de Bombeiros relatou que subiu para 67 o número de mortes confirmadas por conta do alto volume de água no local.
Em nota, além de informar que não se sabe o número de desaparecidos, a corporação relatou que foram mais de 80 pontos de deslizamentos e pelo menos 54 casas completamente destruídas pela chuva – 370 pessoas foram levadas para abrigos provisórios feitos em escolas da região.
O alto volume de chuva fez com que os rios e ruas da cidade ficassem totalmente alagados. Para se ter uma ideia, no mês de fevereiro, o volume esperado durante todo o mês era de 238 milímetros. Em apenas seis horas, a cidade de Petrópolis registrou 259 milímetros.
Nesta quarta, horas depois da tempestade, foi possível ver o estrago na cidade, que ficou sob lama, ficando complicado separar o que era casa, rua ou terra. Nas vias, que ficaram interditadas dificultando o acesso os que precisavam de ajuda, foi possível avistar carros que foram empilhados por conta da força da água.
Operação em Petrópolis
Na terça, Leandro Monteiro, secretário de Defesa Civil do estado do Rio de Janeiro, relatou que todos os bombeiros da cidade estavam nas ruas e outros chegariam para ajudar na operação que visa resgatar corpos e aqueles que estão vivos e precisam ser socorridos.
Hoje, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), foi até a cidade e relatou que o cenário em Petrópolis é de guerra. “A situação é quase que de guerra. Vimos carros pendurados em poste. Carro virado de cabeça para baixo. Muita lama e muita água ainda”, descreveu o líder carioca.
Segundo ele, a cidade vai precisar ser reconstruída, mas, neste momento, o foco é salvar vidas, tirar pessoas da lama. “Grupos de trabalho já estão vendo o que vai precisar ser reconstruído. Mas nesse momento é salvar as pessoas e limpar a lama, lixo e escombros”, completou.
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