E se a solução para se proteger do novo coronavírus fosse um spray nasal? Uma equipe do pesquisador Francês Philippe Karoyan, do laboratório de Biomoléculas da Sorbonne e do Instituto de pesquisas CNRS, encontrou três peptídeos que impedem a passagem do SARS-CoV-2 para células pulmonares. A novidade é que o recurso pode ser usado em spray biomolecular ou comprimidos.
Uma grande descoberta que pode ser a saída do isolamento
A grande descoberta pode se tornar uma arma poderosa para frear a disseminação da Covid-19. A pesquisa foi publicada na revista científica Nature. Philippe Karoyan e os pesquisadores fabricaram em laboratório 25 peptídeos, segundo eles, capazes de “enganar” o vírus. Três deles são muito eficazes. Pensando na comercialização, o pesquisador francês criou uma startup para tornar financeiramente viável as próximas fases da pesquisa científica. Portanto, as próximas etapas envolvem testes in-vivo com camundongos e, logo depois, em humanos. O intuito é que o produto seja usado em situações de risco, como saídas e encontros com familiares e amigos, por exemplo.
Uma ferramenta simples e segura
Se as etapas forem concluídas com êxito, o spray será uma ferramenta simples, eficaz e segura para prevenir a infecção do novo coronavírus, inclusive para crianças. A comercialização dependerá das indústrias farmacêuticas. Contudo, no atual momento, tudo está voltado para as vacinas, o que pode atrasar a chegada do spray.
Spray nasal pode ajudar no combate ao coronavírus juntamente com as vacinas
“É louvável”, diz o pesquisador francês. “Mas as vacinas não são a única solução. É impossível produzir vacinas para todo mundo e imunizar o mundo todo”, avalia. “Na minha opinião, a estratégia Pfizer e Moderna é fantástica, mas o planeta inteiro não conseguirá desenvolver a estrutura necessária para conservar as vacinas a -80º C”, diz. “Na minha opinião, temos que testar todos os tipos de estratégia para combater esse vírus e ajudar na vacinação. Se queremos vencer a batalha contra esse vírus não podemos negligenciar nenhuma iniciativa “, defende.
Esperança em formato de spray nasal
A execução da fase in-vivo, que deve demorar cerca de um mês, ainda depende de financiamento e possui a parceria da Agência Nacional de Segurança Sanitária (ANSES). “Vamos fornecer os peptídeos e testar, mas isso representa um custo para nossa estrutura”, explica. “Criamos uma startup para o projeto, mas não podemos arcar pessoalmente com os custos”, diz. Essa é mais uma ferramenta que está sendo criada e traz esperança para o fim da pandemia.
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