Todos os estados do Brasil estiveram deflagrando a operação Resguardo, que foi iniciada em 27 de janeiro e encerrada nesta segunda-feira (08). No Amapá, a única unidade da federação a ter apresentado um relatório detalhado até o momento, foram realizadas 125 prisões e 427 medidas protetivas visando a repressão a violência contra a mulher.
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Das prisões, 99 foram em flagrante e outras 26 através de cumprimento de mandado de prisão. A ação aconteceu em todo o estado e instaurou 180 inquéritos policiais.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado, além da operação em questão, a Polícia Civil do Amapá atuou com a operação ‘Penha’ 3, com o objetivo de fiscalizar o cumprimento de 262 medidas protetivas, através de visitas e contatos diretos com vítimas e agressores.
Ainda segundo a SSP, a operação Resguardo contou com a participação de mais de 200 policiais civis. “A ação envolveu todas as delegacias do estado, não só as especializadas de Macapá, Santana e Laranjal do Jari, mas os outros municípios também”, disse em nota a SSP.
Com os dados, a secretaria revela ter alcançado a meta de 80% das demandas apresentadas referentes a esse tipo de crime no total. “No interior existe uma facilidade maior de trabalhar e chegamos a quase 100%”, disse a entidade.
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Quem esteve a frente da ação foi a delegada Sandra Dantas, titular da Delegacia de Mulher. Segundo ela, nem todas as residências foram fiscalizadas e, por conta disso, a operação deve continuar acontecendo para alcançar outras mulheres em situação de risco.
“A operação Penha já é a terceira no estado e este trabalho vai ser uma operação frequente a partir de então, vamos fazer rotineiramente essas operações. Muitas mulheres estão perguntando porque não foram visitadas ainda, mas nós temos uma agenda muito grande e estamos vendo casos mais graves de reincidência e de tentativa de feminicídio”, relatou.
Por fim, a delegada explicou que as visitas nas residências aconteceram até sexta-feira (05) e constataram que 15% das medidas foram descumpridas e que em 18% dos casos, as vítimas voltaram a morar com o agressor.
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