A Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro deflagrou nesta sexta-feira (14) uma operação que teve como objetivo combater a venda ilegal de gás em áreas dominadas pela milícia. Segundo a corporação, ao todo, foram mais de dois mil botijões apreendidos. Além disso, 11 pessoas foram conduzidas à delegacia.
Milicianos são presos em operação no Rio de Janeiro
Em nota, a PM detalhou que, além de agentes da entidade, policiais da Polícia Ambiental e da Agência Nacional do Petróleo (ANP) também estiveram na ação e foram responsáveis por fiscalizar depósitos na Região dos Lagos e em comunidades da Zona Oeste da capital carioca.
“Em Rio das Ostras, os policiais encontraram um bar vendendo botijões, o que é considerado uma prática ilegal, visto que o comércio de gás só pode ser feito por distribuidoras”, explicou a PM, relatando ainda que o estabelecimento foi fechado e o dono precisou ser encaminhado para a delegacia para prestar esclarecimentos.
Ainda na região em questão, os policiais encontraram um caminhão que estava sem os documentos e comercializando botijões. Assim como o dono do estabelecimento, o condutor também precisou ser conduzido até uma delegacia – o automóvel foi apreendido.
Segundo a PM, as áreas averiguadas nesta sexta são controladas por milícias que perceberam na venda de botijões de gás uma forma de lucrar sobre as pessoas que vivem nessas regiões. “É uma área dominada por milicianos, onde observamos e constatamos comércio de botijões de gás, entre outras atividades lucrativas para a milícia. Os comerciantes tinham que, de forma semanal, realizar atividades econômicas para pagarem essa milícia”, explica a entidade.
Em alguns locais, os agentes encontraram esses botijões de gás dentro de lugares fechados, o que pode ocasionar incêndios e grandes explosões. “O perigo não é só para eles que comercializam, mas também para os vizinhos”, ressalta a Polícia Militar.
“São áreas que não têm extintor de incêndio, não observam distâncias, o que configura um risco para os consumidores e moradores ao redor”, informou a corporação, explicando que, conforme denúncias, constatou-se que os produtos chegam a custar R$ 30,00 mais caro em regiões dominadas pela milícia, que estabelece que os moradores só podem comprar os produtos vendidos por eles, mesmo que com o preço maior.
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