A Operação Brutus, dirigida pela Polícia Civil do RJ, teve início nesta terça-feira (6). O intuito dos agentes é capturar a milícia que explora o comércio de Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro, mediante extorsões. Segundo as investigações, a quadrilha movimenta quase R$ 100 mil por mês.
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Um dos alvos é um guarda municipal que, segundo a polícia, trabalhou no gabinete da vereadora Vera Lins (Progressistas), que não é investigada. Houve buscas na prefeitura, na Câmara de Vereadores e na Guarda Municipal do Rio.
Segundo informações da Polícia, até o momento, duas pessoas foram presas em flagrante. Além disso, os agentes prenderam 12 toneladas de material pirata e 20 fardas para militares, além de armas e munição.
A Guarda Municipal informou que vai abrir uma sindicância para apurar a denúncia envolvendo os servidores e se colocou à disposição das autoridades.
Endereços visitados na Operação Brutus
Secretaria Municipal de Fazenda, na Prefeitura do Rio;
Gabinete da Fiscalização de Controle Urbano, na prefeitura;
Gabinete da vereadora Vera Lins (Progressistas), na Câmara Municipal — o alvo é um funcionário dela;
Sede da Guarda Municipal em Madureira;
Região Administrativa do bairro;
Campo do Falcon, área dominada pela milícia e o QG da quadrilha.
A Operação Brutus é um desdobramento da Operação Esculhambação, que em abril de 2019, atuou no comércio de produtos falsificados na região de Madureira. Na ocasião, foram apreendidas cinco toneladas de produtos. Os investigadores identificaram, em Madureira, uma espécie de omissão dos órgãos responsáveis pela organização do espaço público.