A Polícia Civil deflagrou uma operação nesta sexta-feira (12) com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada na confecção e no fornecimento de placas de veículos de forma irregular, sendo este o elo que vincula os suspeitos a ladrões de automóveis e “clonadores” de veículos.
Em nota, a Polícia Civil de Goiás informou que a ação foi feita em conjunto com a corporação do Distrito Federal e resultou no cumprimento de seis mandados de prisão preventiva em desfavor dos acusados. De acordo com Rony Loureiro, delegado à frente das investigações, a operação é o que ele chama de “convergência de investigações diferentes”, feitas pelas polícias de Goiás e do Distrito Federal.
Nesse sentido, ele explica, apesar de as entidades fazerem apurações distintas e independentes, as corporações investigaram os mesmos alvos. “Na verdade, são duas famílias que possuíam elo no crime e atuavam em conexão, transportando placas veiculares provenientes do SIA para Luziânia (GO) e vice-versa”, detalha.
Famílias do crime
De acordo com as investigações, assim como revelou o delegado, duas famílias foram desvendadas. A primeira era formada por pai, filho e nora. Eles eram responsáveis por produziram placas para fornecimento em Luziânia, além de atender a demanda de criminosos que atuavam no Distrito Federal.
A outra, formada por tia e sobrinhos, também atuava na confecção de placas, e utilizava empresas credenciadas junto ao Detran-GO e estabelecidas na cidade para praticar os delitos. “Um outro envolvido que foi preso preventivamente é funcionário público da prefeitura de Silvânia (GO)”, informou a Polícia Civil.
Segundo as informações, esse agente público seria o superintendente de Trânsito da cidade e responsável pelo recebimento de placas irregulares e pelo fornecimento de matrizes alfanuméricas para a confecção de placas de motocicleta no padrão cinza, que nem é mais usado no Brasil.
Dados da operação da Polícia Civil
Por fim, a Polícia Civil revelou que, além das prisões, foram feitas busca e apreensão em 26 lugares. Os capturados foram interrogados, recolhidos e encaminhados para à Casa de Prisão Provisória (CPP) de Luziânia e, por determinação da magistrada responsável pelo caso, permanecerão à disposição da Justiça.
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