Uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada na quarta-feira (16) culminou na prisão de uma mulher de 41 anos acusada de ter envolvimento no furto ao Banco Central, ocorrido em 2005, no centro de Fortaleza, no Ceará. Na ocasião, bandidos levaram mais de R$ 160 milhões de um cofre no local.
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Segundo a PF, a mulher, que não teve seu nome revelado, foi capturada em Boa Viagem, no interior do Ceará. Ainda conforme a corporação, a suspeita foi presa após a Justiça Federal ter expedido um mando de prisão contra ela, que já havia sido condenada anteriormente pelo crime de lavagem de dinheiro.
De acordo com o órgão federal, inclusive, a capturada é apontada como sendo uma das principais “responsáveis pela ocultação/dissimulação dos R$ 164,7 milhões” levados pelos bandidos. Depois de ter sido encontrada e presa, a mulher foi encaminhada para o sistema penitenciário cearense e, por lá, ficará à disposição da Justiça.
Condenados pelo furto ao roubo do Banco Central
Até 2020, eram 119 réus condenados por conta do roubo ao Banco Central. Isso, após 28 processos liderados pelo Ministério Público Federal (MPF), que denunciou os criminosos por furto qualificado, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, além de outros três crimes, com penas que variaram de três a 170 anos de reclusão.
O líder do furto
De acordo com as investigações, o líder do grupo que furtou os R$ 164 milhões do Banco Central foi Antônio Jussivan Alves dos Santos, conhecido como Alemão. Ele, que foi condenado a 130 anos de prisão, respondeu por furto, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e uso de documento falso.
Segundo o MPF, Alemão recrutou familiares e amigos para participarem do furto, o maior já registrado no país. Dentre esses familiares estava sua irmã, Geniglei Alves dos Santos, condenada a 160 anos de prisão por ter participado do crime e seu primo, Marcos Rogério Machado de Morais, condenado a 57 anos por também ter integrado o bando infrator.
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