Uma mulher precisou fingir estar passando mal para se livrar das agressões que vinha sofrendo pelo namorado. De acordo com as informações da Polícia Civil, a vítima, de 42 anos, simulou um mal-estar e pediu socorro no posto de saúde, escrevendo “SOS Ajuda” no prontuário médico.
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O caso aconteceu na noite de segunda-feira (15), em Cidreira, no Litoral Norte do Rio grande do Sul, e foi revelado nesta terça (16). Conforme explicou a corporação, ela sofreu agressões por 15 dias e era mantida em cárcere privado pelo namorado, de 38 anos.
O bilhete
De acordo com o delegado Alexandre Souza, a mulher relatou ser vítima de violências desde o início do relacionamento, em agosto do ano passado. A Polícia Militar (PM), foi quem efetuou a prisão em flagrante do suspeito, após ter sido acionada pela enfermeira que a atendia.
“Ele é agressivo, ameaçava ela e a família. Há cerca de 15 dias, se mudaram para Cidreira, e durante esses 15 dias o autor manteve a vítima em cárcere privado. Quando saía, levava as chaves. Batia nela diariamente, mantinha relação sexual forçada, humilhava psicologicamente”, disse Alexandre Souza.
Mulher não conseguia denunciar
Segundo o delegado, a vítima não conseguiu denunciar o suspeito porque ele sempre ficava ao lado dela, tentando saber o que ela falava no celular. “Ele mantinha pressão psicológica, além de física e sexual”, detalha o delegado.
Todavia, o sofrimento da mulher acabou após ela fingir que estava passando mal. Com isso, o agressor teve que levar a vítima até uma unidade de saúde. Assim como era de praxe, o suspeito ficou ao lado dela durante todo o atendimento.
No entanto, em um momento de distração, ela conseguiu pedir a ajuda escrevendo a mensagem para a enfermeira. “Louvável a participação pró-ativa da vítima, que simulou que estava passando mal”, disse o delegado.
Suspeito já está preso
Por fim, o delegado revelou que o suspeito foi preso em flagrante pelo cárcere privado e já teve a prisão preventiva decretada. Agora, ele será investigado pelas acusações de agressões e estupro. A mulher tem lesões nos braços e nas pernas. “Vamos ouvir os dois de novo, encaminhar ela para exame de violência sexual, para ver se compatível com estupro e ouvir as testemunhas”, finalizou Alexandre Souza.
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