O Ministério Público de São Paulo (MP), juntamente com a Receita Federal e a secretaria estadual da Fazenda deram início, nesta quinta-feira (1°), a uma operação contra um suposto esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro envolvendo cinco grandes distribuidoras de medicamentos.
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São alvos da operação do MP: cinco distribuidoras, duas redes varejistas e uma associação nacional de distribuidora de remédios. De acordo com a investigação, as fraudes causaram um prejuízo de R$ 10 bilhões aos cofres públicos nos últimos seis anos.
Ao todo, foram cumpridos 88 mandados de busca e apreensão em empresas e na residência de pessoas ligadas aos esquemas em 10 cidades, localizadas na capital paulista e Grande São Paulo e também nas regiões de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Marília, Piracicaba e Campinas.
Além disso, também foram realizadas buscas e apreensões nos estados de Goiás e Minas Gerais. A Justiça determinou o sequestro de 17 imóveis. Na residência de um dos alvos, na Grande São Paulo, a polícia encontrou cerca de R$ 8 milhões guardados em quatro gavetas de um armário.
Fraudes e lavagem de dinheiro
A investigação do MP começou em 2017 com a surgimento da 1ª fase da Operação Monte Cristo, que tinha como alvo a rede de farmácias Farma Conde, com lojas na região do Vale do Paraíba.
Naquele ano, foram assinados acordos de colaboração premiada com alguns dos investigados. Esses acordos renderam confissões e pagamentos de débitos fiscais estaduais e federais no valor de R$ 340 milhões.
Desse modo, os colaboradores revelaram a participação das distribuidoras Medicamental, Navarro, Dismed, Divamed e Mais Bella, de duas redes varejistas, a Bifarma e a Campeã, e da Abradilan, Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos, todos alvos da operação de hoje.
De acordo com a investigação, o objetivo da fraude era obtenção de vantagem ilícita ao grupo, com a diminuição do custo final dos produtos.