Monica Iozzi, assim como muitas mulheres no mundo todo, sofreu agressões físicas e psicológicas e relata terror sofrido durante um antigo relacionamento. Em participação no podcast Prazer, Renata, da Globo, a atriz conta que a situação aconteceu quando ainda era jovem e demorou bastante tempo para entender pelo que estava passando.
Monica Iozzi relata agressões físicas e psicológicas
No bate-papo, a ex-apresentadora do Vídeo Show diz que só entendeu mesmo que estava vivendo um relacionamento abusivo quando apanhou pela primeira vez. “Eu só comecei a me ligar quando ele realmente sentou a mão na minha cara. Ali eu percebi que o buraco era mais embaixo, e eu acho que é isso que muitas mulheres sofrem, principalmente quando você é jovem, ou então quando você tem filhos com essa pessoa, ou então quando você tem uma dependência financeira”, lamenta.
No entanto, antes da agressão física, outras formas de violência começaram a se mostrar no relacionamento: “Desde o começo, da pessoa te afastar dos seus amigos, questionar a roupa que você usa, te agredir verbalmente, te chantagear, dizer que você não vai conseguir ninguém melhor do que ele, tentar te diminuir. Isso é uma coisa muito corriqueira nos relacionamentos abusivos. A pessoa quer que você se sinta pior do que você é, ela quer te colocar realmente numa posição de humilhação para você se sentir dependente dela. É um sequestro psicológico. Eu me sentia sequestrada por aquela relação. E agressões o tempo inteiro, um ciúme maluco o tempo inteiro”, aponta.
O ódio às mulheres é o tema do podcast #PrazerRenata desta semana.
Nesse episódio, @renataceribelli conversa com a atriz Monica Iozzi, a jornalista @camposmello e a comunicóloga e futurologista @tweetsdeclara sobre misoginia.
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— Fantástico (@showdavida) September 6, 2021
Educação
Por fim, Monica salientou a importância de educar os meninos para que não cometam nenhum tipo de abuso ou assédio quando mais velhos. “A gente sofre assédio a vida inteira. Eu não conheço nenhuma mulher que nunca sofreu assédio. A gente só foi começar a falar sobre isso mais recentemente. Eu também fui descobrir mais de dois anos depois que eu tinha tido uma relação abusiva. Na época, ela não me parecia abusiva. Faz muitos anos isso, mas é muito importante a gente falar com as nossas meninas e com os nossos meninos sobre isso, porque não adianta também você ensinar a menina a se colocar e se proteger e não ensinar para o menino que é errado assediar, agredir”, explica.