Nesta segunda-feira (03), os economistas revisaram a estimativa de recuo do PIB (Produto Interno Bruto) para 2020. De acordo com a nova previsão, a economia brasileira deve recuar 5,66% ao final deste ano. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
A nova previsão é mais otimista que a anterior, de 5,77%. Essa foi a quinta semana seguida de melhora do indicador e faz parte do boletim de mercado, conhecido como Focus. O boletim foi divulgado hoje (3) pelo Banco Central e foi realizado a partir de dados colhidos na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
Recuo do PIB
Em 2019, o PIB cresceu somente 1,1%. Este foi o pior desempenho em três anos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos primeiros três meses de 2020, já havia sido observada uma retração de 1,5%.
Apesar da pandemia do novo coronavírus, que impactou a economia de todo o mundo, o indicador tem mostrado nas últimas semanas o início da retomada econômica no Brasil.
Por outro lado, o governo brasileiro mantém a previsão de recuo do PIB em 4,7% para 2020. Já o Banco Mundial tem uma visão mais pessimista da economia brasileira, e prevê queda de 8% no PIB. Ao passo que o Fundo Monetário vai além e estima recuo de 9,1% no PIB brasileiro.
Contudo, para 2021, a expectativa do mercado financeiro de crescimento do PIB foi mantida em 3,50%.
Previsão da inflação
De acordo com o boletim do BC, os analistas do mercado financeiro diminuíram a estimativa da inflação para 2020, de 1,67% para 1,63%. No entanto, a previsão está abaixo da meta central, de 4%, e também do piso do sistema de metas, que é de 2,5%.
Para 2021, o mercado financeiro manteve em 3% a previsão de inflação. Já a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.