O pastor evangélico Silas Malafaia, que comanda a Assembleia de Deus Vitória em Cristo, foi às redes sociais para dizer que a vacinação de crianças contra a Covid é um “infanticídio”. A publicação, que foi feita na noite de segunda-feira (10), foi removida pelo Twitter.
Essa remoção aconteceu depois que internautas passaram a usar a hashtag “DerrubeMalafaia”, o que fez com que o assunto ficasse em primeiro lugar no ranking dos mais comentados.
No post, Silas Malafaia afirmou que não existe motivo para que as crianças sejam vacinas. “Vacinar crianças é um verdadeiro infanticídio. Os números provam que não há necessidade de fazer isso”, escreveu.
A declaração do pastor acontece porque no mês passado a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou que o imunizante da empresa Pfizer fosse aplicado em crianças com idades entre cinco e 11 anos.
O tuíte sobre a vacinação não foi o único excluído da conta de Malafaia, que é alinhado ideologicamente ao presidente Jair Bolsonaro (PL), outro contrário à vacinação de crianças. Isso porque, respondendo à mobilização dos internautas, a rede social excluiu as últimas 11 publicações feitas pelo pastor evangélico.
Malafaia critica internautas e o Twitter
Nesta terça-feria (11), em entrevista ao portal “Metrópoles”, Malafaia criticou aqueles que pediram a derrubada de sua conta no Twitter, afirmando que essas pessoas não aceitam posições contrárias. “São covardes, de democratas não têm nada, não suportam o contraditório. Dizem que nós somos fundamentalistas, mas eles que não suportam posição contrária”, disse.
Por fim, ele ainda criticou a rede social, afirmando que o correto seria ele poder apresentar sua defesa antes de ser punido. “O Twitter é o julgamento mais injusto, ele pune para depois você se defender. É o que todas as redes sociais fazem”, pontuou.
Rede social vem monitorando publicações sobre a Covid-19
Nos últimos meses, o Twitter tem tentado ser mais ativo no combate à desinformação e liberdade de expressão na internet. Isso porque a rede social tem sido cobrada com bastante frequência pelos seus usuários para tomar atitudes contra perfis que questionam a eficácia e a segurança das vacinas e outros temas relacionados à pandemia.
Leia também: Bolsonaro diz que não acusou Anvisa de corrupção